quarta-feira, 25 de outubro de 2017

FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL DEVE APROVAR QUARTA AVALIAÇÃO EM DEZEMBRO


O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional deverá aprovar a quarta avaliação à Guiné-Bissau no início de dezembro, avançou, esta quarta-feira, Oscar Melhado.

«É a primeira vez que a Guiné-Bissau está a ter um cumprimento de programa e a quarta avaliação é muito provável que seja aprovada pelo Conselho de Administração do FMI, a 2 de dezembro», afirmou o representante residente do FMI na Guiné-Bissau, no final de um encontro com o presidente guineense, José Mário Vaz.

O encontro serviu para informar o chefe de Estado sobre a quarta avaliação realizada ao país no final de setembro e início de outubro.

A 3 de outubro, o FMI considerou que a Guiné-Bissau registou «progressos consideráveis ao nível das reformas estruturais» e foram cumpridas até junho as metas e critérios exigidos no âmbito do Programa Alargado de Crédito.

O FMI referiu que a atividade económica estava a ter um comportamento dinâmico sustentado no preço da campanha de caju, mas alertou para a dependência das exportações daquele fruto, aconselhado a «maior diversificação da economia».

O FMI prevê também que o crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) se situe nos 5,5% em 2017, com uma inflação de 2%.
O Programa Alargado de Crédito, num montante de 23,5 milhões de dólares (cerca de 21 milhões de euros), foi aprovado em julho de 2015.

A última transferência no âmbito daquele programa ocorreu em maio e teve o valor de 3,7 milhões de euros.

Para o futuro, segundo Oscar Melhado, a Guiné-Bissau «precisa continuar a disciplinar as Finanças Públicas e a fazer despesas em infraestruturas e sociais», nomeadamente na educação e saúde.

O representante do FMI pediu também neutralidade política e «regras claras» para a campanha de caju de 2018 e uma boa gestão do investimento no setor da energia, principalmente na Empresa de Água e Eletricidade da Guiné-Bissau.

«O país deve adotar uma agenda de crescimento liderado pelo setor agrícola», acrescentou.

Abola.pt

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