Moscovo apelou a Washington para não recorrer à força contra a Coreia do Norte, após o lançamento do míssil em direção ao Japão, durante uma conversa telefónica na noite de quarta-feira para quinta-feira entre os chefes da diplomacia russa e norte-americana.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, transmitiu ao homólogo norte-americano, Rex Tillerson, a "necessidade de se abster de qualquer intervenção militar perante consequências verdadeiramente imprevisíveis", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
O responsável russo qualificou igualmente de "contraproducente e perigoso" qualquer reforço das sanções contra Pyongyang.
Serguei Lavrov acentuou novamente "a ausência de alternativa à procura de uma via político-diplomática para atenuar as tensões na península coreana", de acordo com o comunicado.
Perante a ameaça proferida pelo Presidente Donald Trump de retorquir com "fogo e fúria" contra Pyongyang e o disparo de um míssil norte-coreano na terça-feira, que sobrevoou o norte do Japão, as tensões redobraram de intensidade este mês.
A Coreia do Norte preveniu que serão lançados outros mísseis no cenário do Pacífico.
Lavrov e Tillerson condenaram este lançamento, que representa uma "nova violação flagrante de Pyongyang das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", indicou a diplomacia russa.
No terreno, bombardeiros pesados e aviões furtivos do exército norte-americano participaram hoje na Coreia do Sul num exercício com fogo real.
Estes exercícios ocorrem após as manobras anuais entre os dois países e são vistos como uma provocação pela Coreia do Norte, que justifica as suas ambições militares com a necessidade de se proteger dos Estados Unidos.
No mês passado, Pyongyang realizou os dois primeiros lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais, que têm deixaram aparentemente uma boa parte do continente americano sob seu alcance.
NAOM
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