domingo, 23 de julho de 2017

Fretilin assume vitória nas legislativas em Timor-Leste

Mari Alkatiri, que tudo indica será o próximo primeiro-ministro, diz à Renascença que o seu partido queria mais, mas que “o povo sabe distribuir os votos de forma a garantir estabilidade e paz”.

Mari Alkatiri em campanha pela Fretilin em Timor-Leste. Foto: António Dasiparu/EPA

A Fretilin já assume a vitória nas legislativas de Timor-Leste, agora que já só faltam contar 12% dos votos e a vantagem sobre o CNRT de Xanana Gusmão está a três pontos de distancia.

Em declarações à Renascença, a partir de Díli, Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin diz que a vitória é merecida.

“É uma vitória merecida, como sempre quando entramos em campanha queremos sempre mais, mas o povo sabe como distribuir os votos no sentido de consolidar a paz e a estabilidade neste país.”

A confirmarem-se estes resultados a Fretilin vence, mas com pouca vantagem sobre o CNRT. Alkatiri não tem dúvidas que os dois partidos saberão trabalhar juntos. “Todos sabem que desde 2012 temos vindo a trabalhar juntos. É uma extensão natural deste entendimento.”

Vencidas as eleições, a Fretilin apontará agora um primeiro-ministro. Alkatiri não assume directamente, mas é o mais bem colocado para ocupar o cargo. “Eu tenho a prerrogativa de aceitar ou devolver ao comité central para decidir. Convoquei o Comité Central para se reunir sobre isso no próximo fim-de-semana. A Fretilin tem quadros com capacidade, naturalmente reconheço que não com a mesma história, não com a mesma autoridade e liderança, mas com a mesma capacidade técnica sim”, diz.

O ex-Presidente Ramos Horta, contactado pela Renascença também esta manhã, dá os parabéns a Alkatiri, na certeza de que terá o sentido de Estado para dialogar com as outras forças políticas. "Parabéns pessoais a Mari Alkatiri, parabéns à Fretilin por essa vitória clara. A Fretilin e Mari Alkatiri vão mostrar sentido de Estado, de responsabilidade. Ele fez uma caminhada pelo deserto de 10 anos e saberá estender a mão e fazer o diálogo para ver que modelos de governação e que políticas vão fazer nos próximos cinco anos."

rr.sapo.pt

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