quinta-feira, 22 de junho de 2017
PAIGC REALIZA PRIMEIRA CONVENÇÃO NACIONAL SOB PROTESTO DOS 15 EXPULSOS
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) começou, esta quinta-feira (22/06), em Bissau, na sua sede, a primeira convenção nacional sob o lema “pensar para melhor agir”
O encontro que junta mais de seiscentos (600) delegados vindos de todo o país decorre sob protesto de um grupo de jovens liderados por Bamba Banjai, um dos membros dos 15 expulsos do partido, na tentativa de inviabilizar o encontro.
O presidir a abertura dos trabalhos que começou que terminam no dia 24 corrente, o primeiro vice-presidente dos libertadores, Carlos Correia, reconhece que a primeira convenção do PAIGC está a ser realizado num momento “muito conturbado” da vida política do país e num momento especial da vida “do nosso grande partido”.
“A luta do PAIGC é eterna. Não podemos parar de lutar enquanto existe a ignorância no seio do nosso povo, a nossa luta é para um país mais pacífico, mais justo, mais democrática e mais desenvolvido, neste momento a força do nosso partido reside na nossa coesão e na nossa convicção”, reafirma.
O presidente da comissão organizadora do evento, Manuel dos Santos, diz esperar que o encontro constitua um espaço privilegiado de diálogo democrático, de discussão democrático dos problemas que tem o partido para que “nós possamos achar a solução”.
“Esta convenção destina-se a pensar o partido fazer a crítica e autocritica daquilo que está bem e que está mal no partido e a tentar encontrar os caminhos necessários para as reformas estruturais e conjunturais que precisa realizarmos no seio do partido para que ele torne cada vez mais partido”, explica.
Entretanto, o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, orador do primeiro tema “ideologia do PAIGC”, afirma que o partido que dirige não pode contentar-se com aquilo que sabe.
“O PAIGC não pode contentar-se com aquilo que sabe, tem sobretudo que questionar aquilo que eventualmente pode ainda não ter descoberto, a intenção é de facto convidar a todos nós a ler de novo o Amílcar Cabral a luz das principais questões que se colocam hoje, a mim coube discutir a questão da ideologia, a fundamentação ideológica do PAIGC, donde é que parte, porque é que acha que este pensamento de Amílcar Cabral é actual, o que é a ideologia no afinal de contas e porque é que falamos de uma crise ideológica actual no PAIGC e no próprio país”, enaltece.
Já Baciro Djá, um dos membros do grupo dos 15 deputados expulsos mas já no processo de reintegração, afirma estar na convenção como convidado, um militante do PAIGC e uma pessoa que ama o partido.
Baciro convida, no entanto, todos do PAIGC a fazerem uma autocritica sobre a actual situação política do país porque são os mesmos que escolheram o presidente do partido e o presidente da república “por isso a responsabilidade da actual crise no país cabe aos dirigentes do PAIGC”.
Durante a convenção, os militantes do PAIGC vão discutir temas como os estatutos do partido, os princípios e fundamentos ideológicos, o papel dos jovens e das mulheres, a corrupção no país e o melhor regime político para a Guiné-Bissau.
Abertura da primeira convenção nacional do PAIGC “pensar para melhor agir” aconteceu na presença dos corpos diplomáticos acreditados no país, representantes dos diferentes partidos, sob forte medida de segurança da Polícia da Ordem Pública (POP).
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes
Radiosolmansi
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