A Rússia informa que, pelo menos, 41 portugueses morreram a combater na Ucrânia até março do ano passado.
Os dados são do Ministério da Defesa daquele país e avançados pela embaixada russa em Lisboa, em resposta a um artigo publicado pela revista Sábado, esta semana.
A embaixada, por sua vez, condena o texto que retrata o quotidiano de um português a lutar perto da linha da frente na Ucrânia e diz que, apesar de os cidadãos se apresentarem como soldados, são mercenários porque estão a ser pagos.
Afirma ainda que estes combatentes não têm proteção legal internacional e que, por isso, são considerados alvos militares legítimos.
A CNN Portugal contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros para confirmar estes dados, mas até ao momento não obteve resposta.
O jornalista Sérgio Furtado, que já esteve várias vezes na Ucrânia, esclarece que muitos casos envolvem mercenários de nacionalidade portuguesa que saem dos próprios países de origem, e que estes “não são Portugal”.
“Aquilo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros muitas vezes nos diz é que é difícil manter o controlo sobre quem está na Ucrânia, até porque estas pessoas frequentemente não informam as embaixadas dos seus países de que vão para lá”.
Dá também conta de que a maior parte destes combatentes estão integrados em brigadas como a Legião Estrangeira ou o Batalhão de Azov.
Ainda assim, “é difícil perceber quantos é que realmente estão na Ucrânia”, remata.

Sem comentários:
Enviar um comentário