terça-feira, 7 de janeiro de 2025

As Forças Armadas russas fecharam 2024 com quase 430 mil mortos ou feridos nas suas fileiras, o número anual mais alto desde o início da invasão da Ucrânia, avançou hoje um relatório dos serviços de informações britânicos.

© Lusa   07/01/2025

Rússia sofreu quase 430 mil baixas em 2024, diz relatório britânico

As Forças Armadas russas fecharam 2024 com quase 430 mil mortos ou feridos nas suas fileiras, o número anual mais alto desde o início da invasão da Ucrânia, avançou hoje um relatório dos serviços de informações britânicos.

Em 2023, o primeiro ano completo de guerra, as tropas russas sofreram 252.940 baixas militares, enquanto em 2024 o número subiu para 429.660.

Desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, as Forças Armadas russas já acumularam mais de 790 mil mortos e feridos, referiu o mesmo documento britânico, que tem sobretudo em conta os dados fornecidos por Kiev.

Os peritos do Reino Unido sublinharam ainda que dezembro de 2024 "foi provavelmente o pior mês da guerra para a Rússia", com 48.670 baixas nas fileiras, uma média de 1.570 por dia.

A Rússia teve seis meses consecutivos de aumentos de baixas militares e registou o número mais elevado a 19 de dezembro, com 2.200 mortos e feridos num único dia, avançaram os serviços de informações do Reino Unido.

Os serviços secretos britânicos consideram "provável" que esta tendência se mantenha em janeiro de 2025, tendo em conta os ataques contínuos das forças russas em várias frentes, segundo o relatório divulgado hoje pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.


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