Bissau, 12 Abr 24 (ANG) – O Presidente de Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANINGB), acusou hoje o Governo de tentativa de silenciar os intermediários de negócios na presente campanha de comercialiação da castanha de caju do presente ano.
O Conselho dos Ministros reunido quinta-feira, aprovou o Projeto Decreto que concede a todos os intervenientes o direito de aquisição direta da castanha junto ao produtor, valendo as respetivas licenças para todo o territorio nacional.
A medida deita por terra a possibilidade de o intermediário ser o único que pode comprar a castanha junto ao produtor para dsepois vender ao exportador.
Em reação à decisão do Executivo, o Presidente de Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANINGB), Lássana Sambú diz em entrevista exclusiva à ANG (ANG), que a decisão não partiu do próprio Governo, mas sim de “pequeno grupo de pessoas que faz parte do Executivo”.
Acrescentou que não é de hoje que “essas pessoas” tentam fazer isso, porque “entendem que afastar a ANINGB deste processo será um benefício para eles”.
“Queremos lançar um apelo ao Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló de que o 2º mandato que procura dependerá, fortemente, da presente campanha de caju, mas certas pessoas próximas ao PR, não estão a trabalhar para que isso aconteça”, referiu Sambu.
Segundo o Presidente de ANINGB, o Presidente da República ordenou que seja respeitado a fixação da base tributária de castanha de caju no valor de 800 dólares por tonelada, num dos comunicados do Conselho dos Ministro, mas Sambú disse que as mesmas pessoas, que não identifica desobedeceram o PR e foram calcular a base tributária no valor de 850 dólares por tonelada.
“Estamos tranquilos porque a decisão de fazer com que os nossos parceiros comprem a castanha diretamente das mãos do produtor não vai abortar a nossa relação com os nossos parceiros, nem com os produtores, porque somos o elo de ligação dos parceiros com os produtores, e o próprio Governo necessita de nós para conseguir financiamentos”, disse Lassana Sambú.
O Governo procedeu no dia 15 de Março, a abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da castanha de caju/ 2024, tendo fixado o preço de 300 francos CFA como valor mínimo de compra da castanha junto ao produtor.
Sem comentários:
Enviar um comentário