© Reprodução Youtube Presidência Ucraniana Por Notícias ao Minuto 23/10/24
Esta quarta-feira, o presidente ucraniano surgiu de forma diferente no habitual discurso noturno.
Estamos habituados a ver o presidente ucraniano, Volodomyr Zelensky, vestido de verde ou preto, com camisolas que têm estampado o brasão de armas da Ucrânia. Contudo, esta quarta-feira, o chefe de Estado quebrou a regra para deixar uma mensagem muito clara.
No seu habitual discurso noturno, Zelensky 'despiu' aquela que já é vista como a sua 'farda' e apareceu vestido com uma t-shirt, preta, com uma mensagem a branco e vermelho, onde se lia: "Tornar a Rússia pequena outra vez".
Embora não seja claro no vídeo do discurso divulgado pela presidência ucraniana, a Nexta escreve que a camisola tinha ainda uma mapa do Grão-Ducado de Moscovo, de 1462, que incluía Moscovo, Suzdal e Vologda. Além disso, na parte de trás, compara o tamanho do principado com o tamanho da atual Federação Russa.
Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto as forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
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