Bissau, 19 Ago 24 (ANG) – O Conselho Nacional do Movimento para Alternância Democrática MADEM-G15, reunido entre os dias 17 e 18 do corrente mês, a pedido do Coordenador Nacional, Braima Camará aprovou a iniciativa de convocação do 1º congresso extraordinário, nos termos do nº 1 do Art. 18 dos Estatutos do partido.
De acordo com as resoluções do Conselho Nacional, à que a ANG teve acesso hoje, este maior órgão entre os congressos mandatou à Comissão Política Nacional do partido para propor uma data para realização de um congresso extraordinário, criação de Comissão Preparatória e diligenciar os demais procedimentos com vista a realização do evento, para promover uma “discussão franca” sobre a vida interna do Madem-G15.
Este órgão do partido que se dividiu em duas alas, aprovou uma moção de renovação de confiança politica no seu Coordenador Nacional, Braima Camará, proposta pelos coordenadores e secretários regionais.
Alegando “reiteradas violações da Constituição e demais leis da República, sob proposta de um grupo de dirigentes, o Conselho Nacional aprovou outra Moção mas de retirada de Confiança Política ao Presidente da República,Umaro Sissoco Embaló, candidato presidencial do partido nas eleições passadas.
Os 321 dentre os 615 membros do Conselho Nacional do MADEM-G15, presentes na reunião que decorreu sábado(17) e domingo(18), na qual foram analisados a situação política Nacional face a situação interna do Movimento e a aplicação interna dos estatutos do partido, condenaram e repudiaram o que chamaram de “dito 1º congresso extraordinário”, convocado e realizado à margem das disposições estatutárias, por um grupo de militantes inconformados com atuações do coordenador nacional do partido, Braima Camará.
Recomendaram ao Conselho Nacional de Direitos, a instauração de processos disciplinares céleres e sumários contra Adja Satu Camará Pinto, Marciano Silva Barbeiro, Soares Sambú, Aristides Ocante da Silva e Doménico Sanca, extensivos aos membros dos órgãos do partido que os acompanham nas referidas “violações grosseiras dos Estatutos”.
O Conselho Nacional condenou o que diz ser “prisão arbitrária” do dirigente e ativista político, Queba Sane, vulgo R Kelly, cuja responsabilidade atribui ao Botche Candé e José Carlos Monteiro Macedo, respectivamente, ministro do Interior e da Ordem Pública e Secretário de Estado da Ordem Pública.
No seu discurso de abertura, o Coordenador Nacional, Braima Camará disse não ter assinado nenhum acordo político com a Coligação PAI-Terra Ranka, mas sim com APU-PDGB e PRS, ambos da Aliança “Kumba Lanta” para a salvação da Democracia na Guiné- Bissau.
Acrescentou que, no âmbito do Fórum para Salvação da Democracia, foi assinada uma Declaração Política pela Salvação da Democracia, em Lisboa, Portugal, no passado dia 12 de Agosto de 2024, com a Coligação PAI -Terra Ranka.
Braima Camará criticou os militantes que integraram do Movimento de Apoio ao 2º mandato do atual Presidente da República, “pela forma grosseira como estão a violar os estatutos do partido”.
Por sua vez, o ex-Presidente da República e de honra do MADEM-G15, José Mário Vaz apelou à união no seio do partido e exortou a todos os militantes a respeitarem os estatutos do partido.
José Mário Vaz manifestou a sua disponibilidade de acompanhar o Coordenador Nacional e pediu aos dirigentes e militantes para estarem ao lado e acompanharem Braima Camará.
Aproveitou a ocasião para pedir às Forças de Defesa e Segurança no sentido de contribuirem ,de forma positiva, na preservação da paz e estabilidade.
O Secretário Nacional do MADEM-G15, Abel da Silva Gomes diz que militantes do partido que não querem fazer parte do Movimento de Apoio ao 2º mandato de Umaro Sissoco Embaló estão a ser alvo de “perseguição, intimidação e exoneração compulsiva” na Administração Pública.
Sem comentários:
Enviar um comentário