terça-feira, 6 de agosto de 2024

China aconselha os seus cidadãos a não viajarem para o Líbano

Por Lusa  06/08/24 

A China desaconselhou hoje os seus cidadãos a visitarem o Líbano, face à situação de segurança "grave e complexa", e apelou aos que lá se encontram para que permaneçam "muito vigilantes", perante o receio do aumento do conflito no Médio Oriente.

"Dadas as atuais circunstâncias, os cidadãos chineses que se deslocam ao Líbano podem enfrentar riscos de segurança mais elevados e a assistência [da embaixada] pode ser dificultada", declarou a representação diplomática chinesa em Beirute.

Pede-se aos cidadãos chineses que sejam "muito vigilantes, reforcem as suas medidas de segurança e estejam preparados para situações de emergência", acrescentou a embaixada, num comunicado de tom mais moderado do que o emitido por outros países.

Nos últimos dias, várias capitais apelaram aos seus cidadãos para que abandonassem o Líbano, receando uma escalada militar na região.

Há meses que o Hezbollah libanês troca diariamente tiros com o exército israelita na fronteira, em apoio aos palestinianos desde o início da guerra em Gaza.

As tensões regionais também aumentaram desde o assassinato, na quarta-feira, em Teerão, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e a morte, algumas horas antes, do líder militar do Hezbollah, Fouad Choukr, num ataque israelita perto de Beirute.

O Irão, que apoia o Hezbollah, declarou na segunda-feira que tem o "direito legal" de punir o seu inimigo declarado, Israel, pelo assassínio do líder do Hamas, que atribui a Israel, o que faz temer um conflito regional.

A Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, França, Jordânia e Arábia Saudita apelaram aos seus cidadãos para que abandonem o Líbano o mais rapidamente possível, numa altura em que os voos no aeroporto Beirute estão a ser sucessivamente cancelados.

Leia Também: O exército israelita reclamou hoje a autoria da morte de cerca de 45 alegados militantes palestinianos nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, incluindo um comandante do Hamas encarregado do tráfico de equipamento militar.  

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