quinta-feira, 4 de julho de 2024

Os drones são os "melhores amigos" dos soldados ucranianos no conflito contra a Rússia

Por  SIC Notícias
Em dois anos e meio de guerra em larga escala, muita coisa mudou no campo de batalha, especialmente no tipo de equipamento utilizado. Os drones são as "estrelas" do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e tornaram-se imprescindíveis no combate ao inimigo. A reportagem é da correspondente da SIC, Iryna Shev. Alerta para a violência de algumas imagens.

A guerra na Ucrânia já caminha para os dois anos e meio de conflito. Neste longo espaço de tempo, muita coisa mudou no campo de batalha e na forma como se tenta combater o inimigo.

São precisos dois a três minutos para se preparar um drone e montar-se a estação. Em menos de meia hora, dá para ter 20 pássaros destes prontos para levantar voo.

    "O nosso recorde é de 42 voos de combate por dia. Ou seja, depende do trabalho que há. Se há operações de ofensiva, podemos usar 20 ou 25 drones por dia. Há dias que nem 10 levantam voo. Também depende das condições meteorológicas. Do vento, da quantidade do inimigo, onde estão, se estão em hostilidades ativas ou passivas. Se estão na defensiva ou na ofensiva", revela um dos soldados ucranianos.


Este soldado de apenas 27 anos já chegou a estar 72 horas seguidas com os óculos postos. Os drones que usa fazem parte da categoria FPV - First Person View - também conhecidos como drones de visão na primeira pessoa.

Tendem a esgotar-se rapidamente, mas os ucranianos produzem-nos aos milhares. Levam até um quilograma e meio de carga explosiva e podem ser usados contra veículos não blindados. Mas são sobretudo direcionados contra soldados.

Saber pilotar drones tornou-se "imprescindível" para qualquer soldado

Um dos vários drones utilizados é o 'MAVIC', da marca chinesa 'DJI'. Estas máquinas têm câmaras de alta resolução que permitem registar movimentos de colunas das forças russas a 10km de distância. Além disso, podem também carregar granadas para atingir alvos pré-determinados.

A maior parte dos soldados confessa que, antes da invasão russa, nunca tinham trabalhado com drones, mas que precisaram aprender a fazê-lo. Há quem descreva o 'MAVIC' como "drone assassino".

Pequenos, precisos e relativamente baratos. Dizem que este é o futuro de todas as guerras. São os olhos no terreno. Um apoio aos artilheiros que ajudam a proteger as vidas dos soldados de infantaria.

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