Por Fernando Casimiro
Continuamos a pôr em causa o nosso Estado; sua Sustentabilidade e Afirmação, por via de jogos de interesses.
Continuamos a ignorar que, o Estado somos nós, suas Instituições, e o Direito que, Alicerça e Regula o seu funcionamento e, consequentemente, a Vida em Sociedade.
Estaremos todos de acordo que, a Ditadura nada tem a ver com um Estado de Direito Democrático, mas também, que a Autoridade do Estado não deve ser desafiada, com base na Anarquia, tendo em conta os Direitos, as Liberdades, Garantias e os Deveres Fundamentais constantes na nossa Constituição da República.
Desde 2015, as diversas crises políticas e institucionais na Guiné-Bissau tiveram vários atores: diretos, ou indiretos.
Porém, há uma certeza: excluindo os que já não estão no exercício do poder político e governativo do Estado, os protagonistas continuam a ser os mesmos, independentemente das razões e dos argumentos de ontem e de hoje.
Não devemos continuar a promover a desestruturação do Estado, alegadamente, em defesa do Estado de Direito Democrático, quando é evidente a ausência de Compromisso Cidadão, de Lealdade e Fidelidade, para com o Estado e suas Instituições, assim como, pela Constituição e pelas Leis da República.
Desde as eleições presidenciais de 2019 que se assiste a uma negação e consequente bloqueio do Estado, tendo em conta os resultados eleitorais e o Presidente da República eleito.
Decidimos enveredar pelo desafio à Autoridade do Estado; pela Desobediência; pelo juízo da nossa injustiça com suporte na Anarquia, face à Justiça suportada pelo Direito...
Desde as eleições presidenciais de 2019 que alguém quer ser Presidente da República a todo o custo, mesmo que isso implique o Bloqueio e a consequente Desarticulação do Estado...
Não se combate uma ditadura impondo outra ditadura!
É preciso que os Guineenses tenham em consideração a importância do Estado e a necessidade da sustentabilidade de suas Instituições.
Quando alguém perde nas eleições presidenciais, deve respeitar os resultados e permitir ao vencedor exercer o seu mandato.
Não é como nas eleições legislativas de cujos resultados há um Parlamento com diversas representações políticas e que por isso, permite debates e discussões sobre o Programa do Governo, o Orçamento Geral do Estado e outros.
Fazer tudo para tirar da Chefia do Estado um Presidente eleito, e pôr lá alguém já identificado como sendo o único capaz de fazer "milagres" pela Guiné-Bissau é tão simplesmente a outra versão da ditadura camuflada em democracia...
Estamos a minar a Organização do Poder Político e da Administração Pública do nosso Estado, e um dia viveremos, certamente, consequências da nossa irresponsabilidade Social...
Didinho 08.06.2024
100% certo
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