Bissau 01 Set 23 (ANG) - O Presidente da Associação de Protecção e Defesa dos Idosos da Guiné-Bissau condenou hoje o espancamento até a morte da cidadã de 64 anos de idade de nome Sali Djata acusada de feitiçaria, em Suzana, norte da Guiné-Bissau.
Nelson Oliveira Intchama fez estas denúncias hoje numa conferência de imprensa na qual condenou o acto que considera de “terrível”, tendo pedido a criação de uma lei que protege os mais velhos.
Segundo ele, esse acto “maldoso e selvagem” aconteceu no passado dia 27 de Agosto, e Nelson pede as autoridades competentes para iniciarem uma investigação com o objetivo de se apurar a veracidade dos factos e responsabilizar criminalmente oa seus autores.
“Lamentamos esta atitude num Estado que se diz democrático mas as pessoas atuam a margem de lei. A maltratar uma pessoa idosa e doente até a morte alegando que era feiticeira”, disse.
Intchama disse que desde a criação, em 2021, de sua organização, tem sido crescente o registo de actos semelhantes em todo o território nacional e que os presumíveis autores não têm sido responsabilizados pelas autoridades competentes.
Nelson pediu que a justiça seja feita para evitar futuras consequências ou evitar a tentação de se “fazer justiça com as próprias mãos”.
“Há menos de um ano, a mesma situação aconteceu na localidade de Quisset sector de Prábis, Região de Biombo e denunciamos mas nada foi feito. Por isso, achamos que a Guiné-Bissau está a transformar-se num país de terror, e se este caso não for devidamente tratado, vamos mobilizar a população para uma vigília junto as instituições competentes”,disse .
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