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POR LUSA 20/05/23
A presença de Volodymyr Zelensky na cimeira do G7 "pode ser um virar do jogo" para a Ucrânia, disse hoje o Presidente francês, Emmanuel Macron, à entrada de uma reunião bilateral com o homólogo ucraniano em Hiroxima, Japão.
"Esta é uma oportunidade única" para Zelensky discutir com os seus aliados do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo), mas também para defender a causa da Ucrânia contra a invasão russa junto dos vários líderes dos países do Sul convidados para a cimeira, sublinhou Macron, dirigindo-se em inglês ao seu homólogo ucraniano.
"Acho que pode ser um virar do jogo", acrescentou, assegurando ao Presidente ucraniano que a França ficará ao lado de Kiev "até ao fim". Volodymyr Zelensky agradeceu o apoio.
Desde que chegou, esta tarde, a Hiroxima, Zelensky manteve encontros bilaterais com responsáveis do G7 e também já estabeleceu contactos com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que lhe garantiu que a Índia fará "todo o possível" para resolver o conflito na Ucrânia.
Segundo a Presidência francesa, o Presidente brasileiro Lula da Silva também pretende encontrar-se com Zelensky durante a cimeira: "Ele tem demonstrado grande disponibilidade para o diálogo", referiu.
Os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), mais a União Europeia, estão desde sexta-feira reunidos numa cimeira na cidade japonesa de Hiroxima.
Os líderes apelaram já à China para pressionar a Rússia a parar a guerra contra a Ucrânia, ao mesmo tempo que afirmaram querer relações "construtivas e estáveis" com Pequim.
"Apelamos à China para que exerça pressão sobre a Rússia para que cesse a sua agressão militar e retire as suas tropas da Ucrânia de forma imediata, total e incondicional", afirmaram num comunicado citado pela agência francesa AFP.
Pequim continua a ser um aliado próximo de Moscovo e nunca condenou a invasão russa, mas enviou um diplomata à Europa, esta semana, para tentar mediar uma solução para o conflito.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares no conflito, mas diversas fontes, incluindo as Nações Unidas, têm admitido que será muito elevado.
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