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Notícias ao Minuto 06/01/23
Antes, Podolyak referiu que "a Ucrânia não ataca territórios estrangeiros e não mata civis", ao contrário do regime de Moscovo, e que "destrói apenas os membros do exército que ocupa o seu território".
Depois de classificar o pedido de cessar-fogo do presidente russo, Vladimir Putin, como uma "hipocrisia", o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, propôs que as tréguas pelo Natal ortodoxo sejam discutidas "sob o uivo de mísseis e drones a voar para matar ucranianos", recordando os ataques levados a cabo pelo regime de Moscovo tanto a 25 de dezembro, como na noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro.
"Se calhar os russos não percebem linguagem humana. Proponho que Putin/Gundyaev [patriarca Kirill]/outros regressem ao dia 25 de dezembro ou à noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro e, sob o uivo de mísseis e drones a voar para matar ucranianos, discutam as 'tréguas de Natal'. No cenário sangrento tão querido aos seus corações", escreveu, na rede social Twitter.
Antes, Podolyak recorreu à mesma plataforma para apontar que “a Ucrânia não ataca territórios estrangeiros e não mata civis”, ao contrário do regime de Moscovo, e que “destrói apenas os membros do exército que ocupa o seu território”.
“A Federação Russa tem de deixar os territórios ocupados – só aí é que teremos umas ‘tréguas temporárias’. Mantenham a hipocrisia para vocês mesmos”, atirou.
De notar que o responsável se referia ao pedido por parte do líder da Igreja Ortodoxa Russa de um cessar-fogo entre o meio-dia de 6 de janeiro e a meia-noite de 7 de janeiro, “para que a população ortodoxa possa ir à missa na véspera de Natal e no dia do nascimento de Jesus Cristo”.
Este apelo foi acedido pelo chefe de Estado russo, na quinta-feira, perante uma onda de desconfiança e acusações por parte de Kyiv e dos aliados ocidentais de que tudo não passaria de uma “hipocrisia”.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, inclusivamente, que a Rússia pretende “usar o Natal como disfarce para parar, pelo menos temporariamente, o avanço dos combatentes [ucranianos] no Donbass e trazer equipamentos, munições e homens mobilizados para mais perto das [suas] posições".
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.919 civis desde o início da guerra e 11.075 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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