© ANTON KLIMOV/AFP via Getty Images
Notícias ao Minuto 21/01/23
Mikhail Popkov, um ex-polícia russo condenado a duas penas de prisão perpétua pela morte de quase 80 mulheres na Sibéria, voluntariou-se para combater na Ucrânia, em troca de um possível perdão.
Conhecido como “Lobisomem” ou “O maníaco de Angarsk”, o homem, de 58 anos, foi condenado, em 2015, a prisão perpétua por ter violado e matado pelo menos 22 mulheres na cidade de Angarsk. Já em 2018, foi condenado a uma nova pena de prisão perpétua pela morte de 56 mulheres, tornando-se então o maior assassino em série da história recente da Rússia.
Apesar do seu estatuto, as autoridades permitiram que fosse entrevistado por uma estação estatal russa na prisão. Questionado pelo canal de notícias Vesti sobre qual era o seu sonho, Popkov não hesitou: “Entrar para o Exército”.
Reconhecendo que combater na Ucrânia não seria um “jogo de computador” ou uma história de “um livro de ficção sobre super-heróis”, o condenado afirmou ainda que “não hesitaria” em unir as forças russas no país invadido.
“Tendo em consideração a minha especialização militar, penso que está agora em grande procura”, disse. “Mesmo estando eu na prisão há 10 anos, não creio que fosse tão difícil aprender novas competências”, reconheceu.
Sublinhe-se que, após a invasão russa da Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro de 2022, o Grupo Wagner esteve a recrutar milhares de homens nas prisões russas para combater na Ucrânia durante um período de seis meses, oferecendo-lhes em troca a promessa de liberdade.
Mikhail Popkov, que deixou a polícia em 1998, abandonava as suas vítimas em florestas, em cemitérios ou na beira de estradas. Duas mulheres sobreviveram aos ataques de Mikhail Popkov, apesar de terem ficado com ferimentos graves.
O ex-polícia atraia mulheres que estavam alcoolizadas ou ainda aquelas que considerava que levavam uma "vida imoral", matando-as com a ajuda de um machado e um martelo. Todos os crimes ocorreram entre 1992 e 2010.
Os investigadores identificaram o assassino em 2012, depois de realizarem análises de ADN a habitantes da região que possuíam um carro que combinava com os traços dos pneus deixados nos locais dos crimes.
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