Por: Simaira de Carvalho JORNAL ODEMOCRATA 28/12/2022
Os funcionários da Sociedade de Transportes Marítimos da Guiné-Bissau (SOTRAMAR) pediram na terça-feira, 27 de dezembro de 2022, a demissão do ministro dos Transportes e Comunicações, Aristides Ocante da Silva, afirmando que o ministro não tem um “mínimo” projeto para fazer funcionar a empresa.
Os funcionários falavam em conferência realizada no edifício do ministério de Transportes e Comunicação, na qual revelaram que estão há mais de 80 meses sem receber os salário.
“Queremos saber se o governo está empenhado a resolver a situação da SOTRAMAR, porque realmente já estamos a mais de 80 meses sem salários. Fizemos várias reivindicações e até hoje não fizeram efeito. Solicitamos um encontro com o ministro do qual não saiu nenhuma resposta”, disse o porta-voz, Iaia Embaló.
O sindicalista explicou que os funcionários estão a implorar ao chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, para demitir o ministro de Transportes e Comunicação, Aristides Ocante da Silva, “porque não está a dirigir o setor de uma forma ideal”.
Por sua vez, o diretor de recursos humanos da empresa, Caram Cassamá, pediu que seja aberta uma investigação séria sobre o “abate” de navios velhos nos portos de Bissau.
“Realmente não estamos a compreender a atuação do atual ministro, sobre a questão de abate dos navios tutelados pela empresa SOTRAMAR. Funcionários do ministério dos transportes alegam que a venda dos navios rendeu 45 milhões de fcfa e para outras fontes foi acima de 80 milhões. Queremos que as autoridades competentes façam uma investigação séria para descobrir a verdade”, alertou.
“O ministro reuniu com alguns funcionários para dizer-lhes que a SOTRAMAR está em segundo plano, quando na verdade é a única empresa de transporte marítimo de Estado guineense”, revelou
“Quando Augusto Gomes dirigia esta pasta, tinha nos prometido que o país teria um barco. Houve uma remodelação governamental e veio o novo titular que infelizmente não está a fazer nada, aliás ele, minimamente não tem projeto para o setor marítimo”, lamentou.
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