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POR LUSA 28/12/22
Um opositor cubano que estava há dez meses numa prisão em Havana, Cuba, e chegou a Miami, Estados Unidos, no sábado, com um visto humanitário, defendeu que "este regime já ultrapassou os limites de abusos e torturas".
"Deixei mais de 60 presos políticos no [estabelecimento prisional] Combinado [del Este]", disse hoje à agência EFE José Díaz Silva, de 62 anos, líder do Movimento Opositores por uma Nova República, fundado em 2002 e que, segundo ele, tem atualmente, 48 dos seus elementos detidos nas prisões de Cuba.
O opositor cubano chegou a Miami no sábado, num voo da American Airlines, com a mulher, Lourdes Esquivel, membro da organização de mulheres opositoras Damas de Branco.
José Díaz Silva contou que passou os últimos dez meses numa cela com três metros de largura por cinco de comprimento, no Combinado del Este, prisão cubana para 'presos comuns' situada a leste da capital.
"Tenho 62 anos e não temos do que nos vangloriar, nem sequer um parque bonito. O principal infrator é a polícia, apoiada por juízes e tribunais. Fome, miséria e sofrimento é o que há em Cuba neste momento", salientou, depois de apelar "à comunidade internacional" para que interceda pelas presas políticas, algumas das quais mães de menores.
José Díaz Silva deu como exemplo o caso de Lisandra Góngora, mãe de cinco crianças, que está detida na prisão para mulheres de El Guatao.
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