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Por LUSA 10/09/22
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu na sexta-feira diretrizes a impor um preço máximo ao petróleo russo, a partir de 5 de dezembro, apesar das ameaças da Rússia de cortar o fornecimento.
As diretrizes obrigam companhias de seguros e empresas financeiras que facilitam o comércio internacional de petróleo a garantir que o crude russo é adquirido a um preço igual ou inferior a um limite estabelecido pelo Estados Unidos, juntamente com outros membros do G7.
O preço máximo entrará em vigor em 05 de dezembro para o petróleo bruto e em 05 de fevereiro de 2023 para produtos derivados do petróleo.
"O limite de preços procura criar incentivos que reduzam as receitas da Rússia enquanto o seu petróleo continua a fluir", refere, num comunicado, o Departamento do Tesouro.
"Estamos a avançar com esta proposta extraordinária porque é essencial que a comunidade global tome medidas para negar ao Kremlin as receitas que está a usar para sustentar a sua economia e travar a sua guerra injustificável na Ucrânia", sublinhou o comunicado.
"A conclusão é que todos ganham menos o Kremlin", garantiu o departamento, liderado pela secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen.
Na quarta-feira, o Presidente russo Vladimir Putin ameaçou cortar o fornecimento de gás, petróleo e carvão, em resposta às propostas apresentadas pelo G7 e pela União Europeia (UE) destinadas a limitar os preços do petróleo e gás russos.
O grupo dos sete países mais industrializados do mundo, o G7, tinha levantado a possibilidade de permitir o transporte global de petróleo russo e respetivos derivados apenas se os produtos forem vendidos abaixo de um preço máximo.
A proposta tem como pano de fundo a tentativa de cortar o financiamento da campanha militar russa na Ucrânia, numa altura em que a UE adquiriu 54% de todos os combustíveis fósseis exportados pela Rússia desde o final de fevereiro por um valor de 85,1 mil milhões de dólares.
Embora não existam números oficiais disponíveis, estima-se que a Rússia tenha investido cerca de 100 mil milhões de euros no financiamento da guerra contra a Ucrânia, de modo que a receita da exportação de combustíveis se tornou o "fator chave" para a campanha militar russa.
A ofensiva lançada a 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.
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As forças ucranianas já "libertaram" mais de 30 zonas da região de Kharkiv desde o final de agosto, durante a contraofensiva lançada por Kyiv para recuperar o terreno perdido para Moscovo, divulgou hoje o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O governante ucraniano já tinha apontado esta semana o progresso que está a ser alcançado pelas suas forças.
No seu habitual discurso noturno diário à nação, Zelensky referiu que espera que as forças ucranianas continuem a mover-se "gradualmente" para devolver a bandeira ucraniana às cidades conquistadas pela Rússia.
Volodymyr Zelensky pediu ainda aos habitantes destes territórios que informem os militares ucranianos dos crimes cometidos pelos "ocupantes", para que sejam recolhidas o máximo de provas possíveis.
Por outro lado, o governador de Kharkiv, Oleg Sinegubov, instou a população que fugiu das áreas agora "libertadas" a não regressar por enquanto, devido à destruição de infraestruturas essenciais, noticiou a agência UNIAN...Ler Mais
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