quarta-feira, 4 de maio de 2022

Comissão Europeia propõe "proibição total a todo o petróleo russo"

 Ursula von der Leyen

Cnnportugal.iol.pt

Proibição tem um período transitório de seis meses, no caso do crude, e até ao fim de 2022 no caso dos produtos refinados

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira que a União Europeia vai banir todo o petróleo russo até ao fim do ano de "forma ordeira, progressiva e planeada" de forma a garantir "que os parceiros europeus consigam encontrar alternativas". A medida foi apresentada num novo pacote de sanções, divulgado num discurso no Parlamento Europeu de Estrasburgo. 

“Iremos eliminar gradualmente o fornecimento russo de petróleo bruto no prazo de seis meses, e de produtos refinados até ao final do ano. Assim, maximizamos a pressão sobre a Rússia, ao mesmo tempo que minimizamos os danos colaterais para nós e para os nossos parceiros em todo o mundo”, disse a presidente da Comissão.

"Sejamos claros: não será fácil. Mas nós simplesmente temos que trabalhar nisto", frisou von der Leyen

O plano terá ainda de ser aprovado pelos 27 estados-membros mas alguns países, como a Eslováquia e a Hungria, já indicaram que vão exigir um período transitório mais longo. Em causa está a dependência destes dois países ao petróleo russo.

Novo pacote de sanções exclui Sberbank do SWIFT

Na mesma publicação, a responsável adiantou também que este novo pacote de sanções prevê excluir o maior banco russo, o Sberbank, entre outros, do sistema SWIFT.

Também as três maiores emissoras televisivas estatais da Rússia vão ser banidas na Europa, já que estas “servem para amplificar as mentiras e a propaganda de Putin”. 

Além disso, o sexto pacote de sanções da UE inclui uma lista dos oficiais militares de alta patente e outros indivíduos acusados de cometer crimes de guerra em Bucha e os responsáveis pelo cerco de Mariupol.

"Putin deve pagar um preço, um preço alto pela sua agressão brutal", reiterou von der Leyen. "É o direito internacional que conta e não o direito de poder."

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