Bissau, 07 Fev 22 (ANG) - O vice-presidente do Sindicato Nacional de jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o sector público, Fátima Tchuma Camará considerou inadmissível os ataques com arma de fogo contra a Rádio Capital FM registados esta, segunda-feira, em Bissau.
Segundo Thuma Camará, o ataque visa fazer calar os órgãos de comunicação social, o que, segundo diz, não será possivel porque o nível da “ação-cidadã” existente no país já permite que todos conheçam os seus direitos e deveres”
@Radio Bantaba - ATAQUE À RÁDIO CAPITAL, TCHUMA CAMARA, VICE-PRESIDENTE DE SINDJOTECS REAGE
“Se se fizer calar esta rádio outras vão continuar a emitir.Hoje em dia já não há quem não tenha a consciência dos seus direitos e deveres enquanto cidadão”, sustentou.
Disse que o assalto e destruição da rádio não podem fazer as pessoas calarem-se. “Se Deus quiser esta rádio vai ser erguida e voltará a estar em funcionamento”, disse.
Tchuma renovou o apelo aos órgãos de comunicação social de informar, educar e sensinbilizar as populações, pediu que o exercício da profissão fosse de acordo com as leis que o regulamentam, observando o princípio do contraditório.
Tchuma Camará, jornalista sénior da Rádiodifusão nacional e Correspondente da RDP/África pede a quem se sentir lezado com a imprensa que recorra a justiça.
O ataque desta segunda-feira, perpetrado por homens armados e com uniforme militar provocou a destruição de emissores e computadores da estação que emite criticas mais ousadas contra decisões e atuações do Presidente da República e do governo , através do Programa matinal “Frequência Activa” ,em que os ouvintes são convidados a opinar sobre a vida política e social da Guiné-Bissau, iniciativa que alguns observadores consideram de exercício de liberdade de expressão.
“Esta rádio dá voz aos que não têm voz”, disse Fátima Tchuma Camará, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o setor público.
A mesma rádio foi, há dois anos, objecto de ataque destruidor por um grupo de homens fardados, e deixou de emitir por algum tempo. O caso está na justiça mas os “atacantes” ainda não foram descobertos.
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