Bissau, 10 Jan 22 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau(ANAG) considerou a campanha de comercialização da castanha de caju do ano passado de “insignificante” para os produtores, porque quem ganhou são os exportadores, apesar de a exportação atingir 230 mil toneladas.
Em entrevista exclusiva à ANG, Jaimes Boles Gomes referiu que a abertura da campanha só foi possivel na época da chuva, altura em que a maioria dos produtores não tem meios para conservar suas castanhas, pelo que foram obrigados a vendê-los à preços que variam entre 200 à 300 francos CFA por quilograma.
Afirmou que as mulheres realizaram a colheita da castanha até Abril, mas que por não houver o lançamento oficial, nem anúncio de preço de referência, nem abertura da campanha, instaurou a dúvida no seio de algumas que se retiraram das campas com receio de trabalharem por nada.
Acrescentou que devido afalta de controle de tudo, os comerciantes acabaram por ditar o preço que lhes convém no mercado, o que, segundo diz, terá prejudicado os produtores.
Jaime Boles Gomes pede ao Ministério do Comércio e Indústria para fiscalizar rigorosamente a campanha deste ano, não só aos intermédiarios, comerciantes ou empresários , mas também o cumprimento dos preços e a qualidade dos produtos da primeira necessidade a ser vendido ou trocado pelas castanhas.
A castanha de caju, segundo Boles,enquanto maior produto de exportação da Guiné-Bissau, merece uma atenção especial do governo, para ser lucrativa para os produtores, a fim de poderem diversificar seus investimentos, “porque o país não possui nenhum banco de investimento”.
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