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Por LUSA 02/12/21
A União Europeia (UE) anunciou hoje 24 milhões de euros de ajuda ao Mali para reforçar as suas capacidades militares, mas poderá ser "suspensa" se a junta no poder não respeitar as condições de utilização dos fundos.
Ajunta governamental do Mali ameaça utilizar os serviços do grupo russo Wagner, uma empresa privada suspeita de ser próxima do Presidente Vladimir Putin.
A França avisou Moscovo que o destacamento de mercenários russos na faixa do Sahel-Saara seria "inaceitável".
A UE anunciou, em meados de novembro, que estava a preparar sanções contra o grupo mercenário.
O apoio de 24 milhões de euros destina-se a ajudar a "reforçar as capacidades das forças armadas do Mali para lhes permitir realizar operações militares destinadas a restaurar a integridade territorial do país e reduzir a ameaça representada pelos grupos terroristas", declarou o Conselho da UE.
"A UE prosseguirá a profissionalização das forças armadas do Mali em três áreas principais: apoio à Academia de Oficiais que ainda não exerceram comissões, em Banankoro, a renovação das infraestruturas de formação em Sévaré Mopti e o fornecimento de equipamento às unidades apoiadas pelas forças armadas do Mali", segundo a declaração, citada pela agência France-Presse.
"A medida de ajuda poderá ser suspensa se as condições para a sua correta implementação não forem preenchidas", disse o órgão dos Estados-membros da UE.
Esta ajuda foi solicitada pelas autoridades do Mali e aprovada no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (EPF).
Criada em março de 2021, a iniciativa permite o financiamento de ações externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objetivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e estabilidade internacionais. Esta ajuda permite a entrega de armamento.
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