quarta-feira, 17 de novembro de 2021

ONU responde a Elon Musk: o plano para salvar 42 milhões de pessoas da fome

EDUARDO SOTERAS

Simão Ribeiro Póvoa JORNALISTA   sicnoticias.pt   17.11.2021 

Documento é apresentado pelo Programa Alimentar Mundial e aponta valores na ordem dos 6 mil milhões de euros.

A ONU responde a Elon Musk e apresenta o plano que considera apto a ajudar 42 milhões de pessoas a combater a fome, num valor perto dos 6 mil milhões de euros, apresentado pelo Programa Alimentar Mundial (PMA).

Elon Musk recentemente desafiou a ONU a mostrar-lhe como 6.6 mil milhões de dólares (aproximadamente, 5.8 mil milhões de euros) da sua fortuna poderiam combater a fome no mundo.

Agora, as Nações Unidas respondem com um plano.

O Programa Alimentar Mundial da ONU mostra como acredita que tal financiamento poderia evitar que 42 milhões de pessoas, em 43 países, morressem à fome em 2022.

O diretor do PMA, David Beasley, aborda Elon Musk, o homem mais rico do mundo, num tweet relacionado com a mesma proposta apresentada.

"Esta crise de fome é urgente, sem precedentes e evitável. @Elonmusk, pediu um plano claro e transparente. Aqui está! Estamos prontos para falar consigo - e qualquer outra pessoa - que realmente queira salvar vidas", escreve Beasley.

O PMA explica, de forma detalhada, como seria aplicado o valor de quase 6 mil milhões de euros para combater a fome.

ALIMENTAÇÃO E ENTREGA: 3.5 MIL MILHÕES DE DÓLARES

Este valor de 3.5 mil milhões de dólares (aproximadamente, 3 mil milhões de euros) inclui o custo de envio e transporte de produtos alimentares para o país.

Além disso, também inclui os valores de armazenamento de alimentos em transportes aéreo, terrestres e fluviais, os custos com os condutores contratados e as necessárias escoltas de segurança em zonas afetadas por conflitos.

DINHEIRO E VALES DE REFEIÇÃO: 2 MIL MILHÕES DE DÓLARES

Estes 2 mil milhões de dólares (correspondentes a quase 1.8 mil milhões de euros) representam os custos relacionados com a assistência para os mais necessitados, através destes meios, para que estes possam comprar os produtos alimentares.

Como benefícios secundários, surge a hipótese de os cidadãos escolherem os produtos e apoio ao mercado e às economias locais.

CUSTOS DOS PAÍSES PARA PROJETAR, AMPLIAR E GERIR IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS: 700 MILHÕES DE DÓLARES

Estes programas, avaliados em 700 milhões de euros (perto de 620 milhões de euros), são necessários, a nível nacional, para gerir e tornar eficientes a distribuição dos produtos alimentares e das transferências monetárias e de vouchers.

Os mesmos programas são fulcrais, igualmente, visto que são adaptados às condições e aos riscos operacionais dos 43 países.

Inclui-se, portanto, as instalações de escritórios - e a sua segurança - e a monitorização de distribuições e resultados, garantindo que o atendimento chegue aos mais vulneráveis.

OPERAÇÕES, GLOBAIS E REGIONAIS, DE GESTÃO, ADMINISTRAÇÃO E RESPONSABILIDADE: 400 MILHÕES DE DÓLARES

Por fim, estes 400 mil milhões de dólares (um pouco acima de 350 milhões de euros) incluem a coordenação de linhas de abastecimento globais e rotas de aviação.

Também a coordenação e monitorização global, e correspondente análise, da fome em todo o mundo se inclui neste parâmetro.

Por fim, também as atividades de supervisão de todo este programa acarreta custos, incluídos nesta vertente.

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