Assimi Goita, presidente interino do Mali, em imagem de 19 de agosto de 2020 — Foto: Malik Konate / AFP
Por G1 20/07/2021
Uma pessoa tentou esfaquear o coronel Assimi Goita dentro de uma mesquita na capital do Mali. Aparentemente, o presidente não foi ferido e foi retirado do local.
O presidente interino do Mali, o coronel Assimi Goita, foi vítima de uma tentativa de um ataque com faca nesta terça-feira (20), de acordo com a agência AFP. Segundo o relato de um repórter da agência que presenciou a cena, aparentemente o presidente não foi ferido.
Duas pessoas tentaram apunhalar Goita durante a celebração de um ritual islâmico, o Eid al-Adha, em uma mesquita de Bamako, a capital do país.
Goita foi retirado da mesquita depois da tentativa de facada.
"Foi depois a reza e o sermão do sacerdote, no momento em que ele ia sacrificar um cordeiro, que um jovem tentou apunhalar Assimi (Goita) pelas costas, mas no fim outra pessoa foi ferida", disse o responsável pela mesquita, Lautus Touré.
O Eid al-Adha é um festival sagrado dos muçulmanos, também conhecido como "grande festa" ou "festa do sacrifício", que ocorre depois do Hajj, a peregrinação dos muçulmanos até Meca, e geralmente dura quatro dias.
Dois golpes de Estado em nove meses
Goita foi nomeado como presidente de transição em junho, e apontou um civil, Choguel Kokalla Maiga, como seu primeiro-ministro.
Em agosto do ano passado, Goita deu um primeiro golpe quando, junto com outras autoridades, demitiu o presidente eleito Ibrahim Boubacar Keita, após semanas de protestos contra a corrupção. O Mali vive efeitos do conflito jihadista que dura anos no país.
Depois do golpe de 2020, foi nomeado um governo de transição presidido por Bah Ndaw. Não durou muito, porque Goita em maio de 2021 deu um segundo golpe de Estado e derrubou o presidente. O coronel ficou descontente com uma reforma ministerial que deixou de fora alguns oficiais que haviam participado do golpe de agosto.
Foi um segundo golpe em nove meses e gerou indignação no exterior. A União Africana e a CEDEAO, composta por 15 países, suspenderam o Mali das suas instituições e a França, que tem milhares de militares destacados naquele país, suspendeu a cooperação militar com Bamako.
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