Bissau, 30 Jul 21(ANG) – A Inspecção Geral do Ministério do Comércio e Indústria aprendeu na passada semana um contentor de sumos fora de prazo importado de Portugal para um intermediário de nome Mamadú Djico para a venda no mercado nacional.
Em declarações â imprensa hoje, durante o acto de apresentação pública do referido produto, Mamadú Djico, o intermediário de negócio cujo contentor é destinado, disse que foi contactado via telefónica a partir de Portugal por um seu conteráneo manifestando-lhe a intenção de lhe enviar a mercadoria.
“Quando o contentor chegou ao Porto de Bissau, fui contactado por um despachante que informou-me de que o despacho do contentor custa três milhões de francos CFA, para além dos quinhentos mil que paguei ao Porto de Bissau para retirar o contentor”, explicou.
Informou que quando foi para o armazêm para a descarga do contentor, constatou-se que os sumos já estão fora de prazo desde 2019, tendo os Inspectores do Ministério do Comércio mandado de imediato aprender o contentor.
Mamadú Djico apelou no entanto ao Governo para a responsabilização dos autores do referido acto, que na sua opinião querem transformar a Guiné-Bissau num local de deitar lixeiras.
“Não sou o culpado por este acto, porque sou alvo de burla, a titulo de exemplo gastei avultadas somas para retirar o contentor do Porto de Bissau”, disse.
Perguntado sobre se não informou a pessoa que lhe enviou o contentor, respondeu que já lhe avisou e que este pediu-lhe para mandar o video dos sumos para accionar mecanismos junto as autoridades portuárias de Portugal.
Disse que já leva muitos anos nas actividades de negócios intermediários de importação de produtos, inclusive de viaturas mas que nunca lhe aconteceu algo semelhante.
O Inspector Geral do Ministério do Comércio, Carlos Manuel Biaguê revelou na ocasião que no interior do contentor proveniente de Portugal existem sumos cujos prazos já expiraram desde 2019, outros em 2020 e que alguns têm a data de março de 2021.
Para Carlos Biaguê, o acto foi intencional e é praticado por um grupo empresários residentes em Portugal.
Aquele responsável lamentou os parcos meios da Inspecção Geral para detectar os produtos fora de prazo importados para o mercado nacional para o consumo das populações.
O Inspector Geral do Comércio promete contudo que os seus agentes vão continuar atentos no controle e fiscalização de produtos fora de prazos nos mercados, acrescentando que, doravante, qualquer infractor apanhado verá encerrado o seu estabelecimento comercial.
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