sexta-feira, 14 de maio de 2021

Movimento dos “sem cura” (1)

Ladram os cães, a caravana passa.  

N’gulidura de lagartus, ca ta tudji barcu passa. 

Aparentemente, não querem que o Presidente da Repúblicas de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, visite a Guiné-Bissau. Mas por quê? É simples: querem que um país soberano seja “castigado” (censurado, humilhado) por um outro país soberano, e assim verem atendido o seu pedido rasteiro. E é muito fácil reconhecê-los: são guineenses nostálgicos do império, muitos deles conhecidos arruaceiros ocasionais. 

Mas é mesmo um caso para perguntar:  em defesa de qual interesse próprio esclarecido do Estado português, Portugal aceitaria correr tal risco político e diplomático?

Vamos falar a sério. Está completamente fora de questão dar ouvidos a esses guineenses que, de facto e sem disso ainda se terem apercebido, já ‘perderam a cabeça”. Eles perderam toda a noção do que realmente liga Portugal e a Guiné-Bissau, os reais interesses dos dois Estados e povos, aliás, interesses que as respetivas politicas externas cedo identificaram, e que as diplomacias guineense e portuguesa têm sabido articular com termos muito fortes: respeito, amizade, cooperação. 

14 de maio de 2021


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