Por Jorge Herbert
PAIGC, TUDO PELO PODER.
Não me canso de repetir que o PAIGC não consegue estar longe do poder por muito tempo.
Grande parte dos seus dirigentes e militantes não se afirmaram profissionalmente no mercado do trabalho e fizeram do erário público a eterna forma de se sustentarem e a luta para estar sempre na posição de acesso fácil ao erário público, uma forma de vida.
Esses preceitos acima referidos leva os militantes e dirigentes do PAIGC a serem capazes de tudo para reconquistar o poder em pouco tempo, quando o perdem... Nessa base, já assistimos a várias manobras, como a tentativa de manipulação da classe castrense, quer por tentativa de manipulação direta de alguns dos seus elementos, quer por difusão de falsas notícias, até a tentativa de reavivar a crónica questão de Casamance que sempre vai deixando fissuras entre os militares, como também a tentativa de descredibilização pública e internacional dos atuais dirigentes políticos... Mas, o que é deveras preocupante, é a pressão que exercem sobre os jovens, para que reajam contra o poder político, provocando a instabilidade e desordem no país, para que dessa forma consigam voltar ao poder...
Assistimos a instrumentalização dos jovens para a rejeição da realidade factual da chegada de COVID ao país, com alegações de que era apenas manobras do governo para aquisição de financiamento externo. Mais recentemente assistimos ao mais que evidente aproveitamento político da morte de um jovem ativista, com tentativas de mobilização da juventude contra o poder instalado. Hoje, pese embora estarem do lado oposto em termos de ideologia política com o opositor senegalês detido e que provocou a onda de manifestações no país vizinho, o PAIGC sonha com a “Primavera Africana” mas apenas contra as classes políticas desses dois países de África (Guiné-Bissau e Senegal), que lhes têm dificultado o acesso ao poder na Guiné-Bissau...
O PAIGC, conforme já provou, para aceder ao poder é capaz de tudo, até de incendiar todo o território da Guiné-Bissau!
Hoje, quase ninguém já se lembra das condições de atendimento dos doentes e em que trabalham os profissionais do HNSM! As juras e promessas de que Bernardo Catchura não morreu em vão, já estao a esfumar-se aos poucos!
Hoje, para o PAIGC interessa olhar para os jovens da vizinhança e dizer aos nossos jovens que COVID não funcionou, Casamance não funcionou, desacreditação internacional dos governantes não funcionou, Bernardo Catchura não funcionou, mas vocês são uns cobardes comparados com os jovens senegaleses. Porque não sair à rua, partir e incendiar tudo, para o mundo ver que só aqueles que levaram quase meio século a destruir o país, são capazes de o reconstruir? Sabemos que haverá muitos feridos e detidos, mas ao reconquistarmos o poder, sempre haverá um cargo político para os mentores da revolta e algumas migalhas do muito que mamamos, para eles e seus amigos...
Como gostava de ver os jovens guineenses a olharem para os verdadeiros problemas do país de forma independente e não se deixarem manipular por interesses políticos ou cargos de nomeação partidária! Temos uma juventude com potencial de influenciar importantes mudanças no país, mas sem condicionalismo partidário ou do sonho de um cargo público...
O PAIGC esse vai continuar, com a devida ajuda do lobbie estrangeiro que o apoia e manipula, a tentar servir-se da Guiné-Bissau, mesmo destruindo-a.
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