O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, testou positivo para o novo coronavírus e precisou suspender toda a sua agenda política por duas semanas antes das eleições presidenciais de 24 de janeiro, nas quais é considerado o favorito, anunciou nesta segunda-feira (11) a Presidência portuguesa.
O chefe de Estado, de 72 anos, está "assintomático" e se isolou na parte residencial do palácio presidencial, em Lisboa, informou sua assessoria em um comunicado.
A campanha eleitoral dos sete candidatos em disputa, iniciada oficialmente no domingo, já tinha sido reduzida ao mínimo possível e depende do anúncio de um novo confinamento para conter o recrudescimento do número de novos casos.
Com 122 óbitos em 24 horas e cerca de 4.000 hospitalizados, a pandemia de covid-19 registrou novos recordes em Portugal nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro, António Costa, informou que o governo socialista se prepara para anunciar na quarta-feira "algo muito parecido ao primeiro confinamento de março".
"Penso que não há alternativa ao confinamento geral", advertiu o chefe de Estado no sábado, durante um debate eleitoral.
As pesquisas de opinião preveem a reeleição do presidente conservador no primeiro turno do pleito, marcado pela ausência de um candidato oficialmente apoiado pelos socialistas no poder.
Na quarta-feira passada, Rebelo de Sousa esteve algumas horas em "isolamento preventivo" depois de saber que uma pessoa de seu entorno havia testado positivo, embora o presidente tenha testado negativo. Ele ficou em quarentena, pois o contato com a pessoa afetada foi considerado de "baixo risco".
Sem comentários:
Enviar um comentário