O vice-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Soares Sambú, disse hoje que a pandemia provocada pelo novo coronavírus teve um impacto severo na economia e na sociedade e pediu antecipação de soluções para garantir segurança alimentar.
O vice-primeiro-ministro guineense falava na sessão de abertura da reunião deslocalizada de uma comissão mista da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), dedicada ao tema da produção agrícola e segurança alimentar na região sobre o impacto da pandemia de covid-19.
No seu discurso, Soares Sambú salientou que o mundo está a viver a segunda vaga da pandemia, que "tende a ser tão forte como a primeira", e que já pode ser considerada como a "maior catástrofe humanitária".
"Em África, e na nossa sub-região em particular, a covid-19 tem sido menos violenta quando comparada com os outros continentes em termos do número de mortos e em termos do impacto sanitário. No entanto, o seu impacto tem sido muito severo nos seus aspetos económicos e sociais", afirmou Soares Sambú.
Segundo o vice-primeiro-ministro guineense, pela primeira vez os países da sub-região viveram a "sensação de isolamento internacional" com o encerramento das fronteiras.
"Vivemos a sensação de poder ficar sem alimentos caso a crise obrigasse todos os países a manterem encerradas as suas fronteiras por um período mais largo de tempo", afirmou.
Nesse sentido, o vice-primeiro-ministro guineense convidou os presentes no encontro a refletirem sobre as "consequências desastrosas" que poderiam ter caído sobre as populações e a definirem estratégias, pistas e soluções que conduzam a uma "situação de segurança alimentar na CEDEAO".
O encontro da comissão mista, que inclui agricultura, ambiente, recursos naturais, indústria, setor privado, energia, saúde, assuntos sociais, género e promoção da mulher, vai decorrer até sexta-feira.
Em África, há 45.609 mortos confirmados em mais de 1,8 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A Guiné-Bissau contabilizava, até esta quarta-feira, 43 mortos e 2.419 casos.
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