Bissau, 14 set 20 (ANG) – O Representante do Poder Tradicional do Setor de Bubaque considera de “exagerado” o preço de cinco mil francos cfa praticado pelo proprietário do navio privado Bijagós, que faz ligação entre Bissau e Bubaque.
Joãozinho Major Conó que falava em exclusivo à ANG, no último fim de semana, em Bubaque, pediu ao governo para disponibilizar um barco,o mais rápido possível, para minimizar o sofrimento da população daquela zona insular.
O Preço oscilou de 3.500 fcfa para 5 mil fcfa.
“Não temos o poder económico aqui nas ilhas, o barco é cobrado ao preço mínimo de 5 mil francos cfa, imagina se uma pessoa tiver uns 20 mil e se tirar os 10 mil francos de transporte, o resto não chega para resolver outros problemas, e isso contribui para o aumento da pobreza aos populares das ilhas”, lamentou.
Questionado sobre o conflito da posse de terra que nos últimos tempos tornou-se frequente naquela localidade, Major Conó disse que essa situação existe sobretudo na praia de Bruce, mas que já se resolveu com a intervenção dos líderes das comunidades, em colaboração com as autoridades administrativas locais.
Major Conó explicou que a origem do conflito da posse da terra no setor se deve a atitude de quem foi concedido o espaço à título de empréstimo para trabalhar ou construir a casa, mas que acabou por vender o espaço sem conhecimento do proprietário.
“Antes, se uma pessoa chegar a Bubaque é cedido um espaço para que possa construir a sua casa ou praticar a agricultura sem nenhuma contrapartida, mas as divergências começam quando essa pessoa vende o espaço ao terceiro sem conhecimento do verdadeiro dono, e sem lhe dar nada”, explicou.
Afirmou que actualmente registam-se poucos casos de roubo de gados graças a situação geográfica do setor, indicando que mais se verificam casos de roubos de cabras, porcos e galinhas.
Falou ainda da situação do Tribunal Setorial que foi construído mas que até agora não está a funcionar.
Segundo a informação que à que a ANG teve acesso, a Iniciativa Voz de Paz realizou auscultações no fim de semana nesse setor sobre o Conflito da posse da terra e foi criada uma Comissão de Seguimento do trabalho no setor.
Como um dos membros da referida Comissão, Joãozinho Major Conó promete colaborar para se poder tirar bom resultado relativamente aos conflitos sobre posse de terra na ilha.
ANG/DMG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário