terça-feira, 18 de agosto de 2020

ORDEM DOS ARQUITECTOS CONTRA INICIATIVA JUVENIL DE “TAPAR” BURACOS NAS ESTRADAS


O Bastonário da Ordem dos Arquitectos considerou, esta terça-feira (18), de um erro e falta de funcionalidade de Estado as iniciativas juvenis em reabilitar os buracos nas estradas.

Nos últimos anos, devido ao avançado estado de degradação das vias rodoviárias do país, as iniciativas juvenis passaram a substituir a intervenção do Estado no que diz respeito a reabilitação dos buracos nas estradas pública do país.

Para o bastonário dos arquitectos, Fernando Jorge Pereira Teixeira, entrevistado, hoje, pela radio Sol Mansi, na sua sede em Bissau, a iniciativa é uma perda de tempo e o Estado não devia permitir este tipo de acções.

“É um erro grave, só num país onde não há autoridade de Estado ou num país onde o Estado demitiu totalmente das suas funções que vem grupo de cidadãos a tapar buracos nas estradas. O asfalto não pode ser tapado com o cemente, é uma perda do tempo e o Estado não pode permitir este tipo de acções”, criticou o bastonário.

Este ano, sobretudo com a intensidade das chuvas, a iniciativa é frequente nas vias públicas do país, devido a má condição das estradas e em algumas zonas, as vias se tornaram intransitáveis. Na zona sul do país, agora os utentes são obrigados a devastar as florestas para colocar paus nas estradas a fim de permitir a circulação das viaturas.

O governo prometeu iniciar os trabalhos da construção e reabilitação das estradas só depois da época chuvosa. Confrontado com esta intenção, o Bastonário da Ordem dos Arquitectos, congratula-se com a posição do governo justificando que nesta época não há condições de reabilitar ou construir estradas

“Claro que não pode fazer uma estrada na época da chuva, mesmo a terra batida, e eu não tenho nada contra sobre o timing que o governo estabeleceu. Mas o que passou neste país é difícil compreender, antigamente havia brigada de estradas que as Obras Públicas tinham assim como a Câmara Municipal de Bissau que tapavam os buracos, porque o que estraga uma estrada é estes buracos que são abandonados e a decorrer do tempo transformam-se numa valeta”, explica o bastonário para depois aponta “a corrupção, a péssima fiscalização e a qualidade dos trabalhos das empresas construtoras, como um dos principais factores que contribuem na degradação das estradas do país”.

A maioria das estradas do país encontram-se em avançado estado de degradação, agravada pelas fortes chuvas que se fizeram sentir no país.

Por: Braima Sigá

Rádio Sol Mansi

1 comentário:

  1. Este acto não é de hoje. Há muito tempo que se devia preocupar com este comportamento

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.