segunda-feira, 29 de junho de 2020

Guiné-Bissau: Cinco ministros abandonam cargos para voltar ao parlamento

Fonte: Joaquim Batista Correia

Na véspera da sessão parlamentar marcada para amanhã, 29 de Junho de 2020, cinco ministros pediram demissão e foram exorados pelo autoproclamado Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.

A "Bissau On-line" apurou que o objectivo destas subitas demissões visa voltar ao parlamento para participar na votação e aprovação do programa do atual governo liderado por Nuno Gomes Nabian.

Os ministros exonerados são: Sandji Fati, ministro da Defesa e Combatente da Liberdade da Pátria; Botche Candé, ministro do Interior; Vitor Mandinga, ministro da Economia, Plano e Integração Regional; Abel Gomes, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Jorge Malu, ministro dos Recursos Naturais e Energia.

A decisão do Chefe de Estado guineense foi tornada pública num decreto presidencial N° 26 divulgado hoje, 28 de Junho de 2020, em Bissau e que a Bissau On-line teve acesso.

"As funções dos ministros exonerados serão asseguradas pelo primeiro-ministro até novas nomeações", acrescenta o decreto, que entrou hoje em vigor.

De salientar que todos os ministros exonerados foram eleitos deputados nas eleições legislativas de 2019.

Sandji Fati, Victor Mandinga e Abel da Silva Gomes foram eleitos deputados pelo Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15) e integraram o Governo nomeado por Umaro Sissoco Embaló, após ter tomado posse como Presidente do país e demitido o executivo chefiado por Aristides Gomes.

Jorge Malú e Botché Candé são deputados eleitos pelo Partido de Renovação Social nas últimas legislativas.

Quando integraram o Governo de Nuno Nabian não foram substituídos nos seus lugares enquanto deputados, porque não houve sessão plenária na Assembleia Nacional Popular.

Na sexta-feira, um outro deputado do PRS foi exonerado das funções de diretor-geral dos Portos da Guiné-Bissau.

O parlamento da Guiné-Bissau reúne-se a partir desta segunda-feira e até 07 de agosto para discutir a atual situação política do país e definir que tem a maioria parlamentar.

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