quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Eleições legislativas: ECOMIB VAI APOIAR FORÇAS GUINEENSES PARA GARANTIR SEGURANÇA ELEITORAL

O Comissário da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para Assuntos Políticos, da Paz e Segurança, General Francis Behanzin, afirmou que a força daECOMIB que se encontra no país trabalhará em colaboração com a Polícia de Ordem Pública, a Guarda Nacional e as forças da defesa na base da recém criada força conjunta que envolve essas entidades com o intuito de garantir a segurança eleitoral.

Na sua declaração aos jornalistas, garantiu que o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas e o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública confirmaram o engajamento das suas instituições no sentido de garantir a segurança dos candidatos durante o período da campanha eleitoral, com base nos programas de deslocações dos partidos em campanha eleitoral. 

COMISSÁRIO DA CEDEAO: “ASSEMBLEIAS DE VOTO TERÃO NO MÁXIMO 350 ELEITORES”

O General beninense que igualmente exerce a função do Comissário da Paz e Segurança da CEDEAO falava aos jornalistas à saída de uma reunião convocada pelo Chefe de Estado guineense José Mário Vaz e que envolveu os líderes dos partidos políticos que concorrem às eleições legislativas de 10 de março bem como a participação dos técnicos nigerianos, técnicos do Gabinete Técnicos de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e a ministra de Administração Territorial, com o propósito de analisar   os cadernos eleitorais, depois dos trabalhos de auditoria feita pelos técnicos nigerianos. 

O Comissário da CEDEAO para Assuntos Políticos, da Paz e Segurança, o General Francis Behanzin, disse que a Guiné-Bissau vai demostrar mais uma vez a sua maturidade. Como exemplo da maturidade dos guineenses, citou o facto se registar, na mesma rua e a pouca distancia das sedes principais da diretoria de campanha de dois grandes partidos, atividades de campanha sem que haja problemas de maior. Aproveitou a ocasião para apelar aos partidos políticos a promoverem uma campanha eleitoral de festa da democracia. 

Explicou que a reunião mantida com os partidos políticos para analisar as auditorias feitas nos cadernos eleitorais permitiu a elaboração da lista definitiva dos cadernos eleitorais que, entretanto,  já estão prontos. Acrescentou que a auditoria aos cadernos eleitorais feita pelos peritos da CEDEAO facilitou a transparência e a credibilidade do processo do recenseamento eleitoral. 

Adiantou que as assembleias de voto serão constituídas no máximo para 350 eleitores paracada assembleia de voto. No seu entender, isso vai permitir o desenrolar rápido do processo de votação. Frisou neste particular que algumas mesas de voto poderão ter até 500 eleitores e que mesmo assim, devido a organização, o processo de votação decorrerá de forma normal, sem problemas.

“A grande parte dos materiais eleitorais essenciais já foi enviada às regiões e de seguida distribuída aos setores. Os materiais sensíveis como os boletins de voto e as folhas de contas chegam no sábado, 24 de fevereiro e depois serão distribuídos para as regiões com uma grande escolta de forças de segurança”, espelhou.

Sobre a questão da segurança neste período da campanha eleitoral, explicou que a sua delegação promoveu uma serie de reuniões de trabalho com diferentes entidades guineenses, designadamente o Primeiro-ministro, Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública como também com os responsáveis do GTAPE e dos da Comissão Nacional de Eleição (CNE), incluindo os próprios responsáveis da representação da CEDEAO na Guiné-Bissau.

Esclareceu, no entanto, que as reuniões mantidas com as autoridades guineenses e a representação do CEDEAO no país visam analisar em conjunto o processo, em particular a questão de segurança, a fim de permitir que as eleições desenrolam de forma tranquila.

“Normalmente cada partido político terá uma lista dos cadernos eleitorais em sua posse para acompanhar o processo de votação. E vocês, a imprensa, ajudem como sempre com o vosso trabalho de informar e sensibilizar a opinião público”, observou o Comissário da CEDEAO para Assuntos Políticos, da Paz e Segurança.

Por: Assana Sambú

Foto: A.S

OdemocrataGB

POSIÇÃO MADEM-G15


Confira a reação do vice coordenador do MADEM-G15, Umaro Sissoco Embaló sobre os palcos montados por dois partidos políticos no centro da cidade de Bissau motivou uma disputa política e levou um tribunal a tomar uma decisão judicial, que o ministro do Interior quer ver respeitada de "forma pacífica".

Os dois palcos, montados numa das principais avenidas de Bissau, estão separados por escassos metros, o que obriga à presença quase constante de forças de segurança.

O PAIGC intentou uma providência cautelar, que foi aceite por um juiz do Tribunal Regional de Bissau, que ordenou ao Madem para retirar o palco, montado diante da diretoria nacional da campanha do partido.

O advogado do PAIGC, Carlos Pinto Pereira, disse, em conferência de imprensa, que a ordem, dada na sexta-feira, ainda não foi cumprida por parte do Madem.


Braima Darame

Para Conselho de Segurança, eleições na Guiné-Bissau podem ajudar a acabar com crise

Representantes dos 15 Estados-membros do órgão estiveram em Bissau em meados deste mês; país realiza eleições legislativas a 10 de março; resolução renovando mandato do Escritório da ONU deve ser votada a 28 de fevereiro. 

Chegada da delegação do Conselho de Segurança ao Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, neste 15 de fevereiro., by Didier Bapidi/Uniogbis

O embaixador da Guiné-Equatorial na ONU, em representação da comitiva que este mês visitou a Guiné-Bissau, disse esta terça-feira ao Conselho de Segurança que o resultado da visita é “totalmente positivo”.

Na quinta-feira, 28 de fevereiro, o orgão deve discutir e votar uma resolução renovando o mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, que expira no mesmo dia.

Visita  

Um dos objetivos da visita do Conselho de Segurança foi apoiar a realização das eleições legislativas que acontecem a 10 de março. A campanha eleitoral que começou a 16 de fevereiro termina a 8 de março.

O embaixador da Guiné Equatorial, Anatólio Ndong Mba, disse esperar que “as eleições sejam pacíficas, livres, transparentes e credíveis, e que contribuam para pôr um fim definitivo à instabilidade crônica e crise institucional deste país.”

Segundo o representante, a visita serviu para “fazer um apelo a todos os atores políticos para que trabalhem para manter as conquistas frágeis do caminho para a paz, estabilidade e prosperidade e superem suas diferenças, dando sempre prioridade ao diálogo inclusivo.”

No encontro com o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, os membros do Conselho destacaram a importância das eleições para promover as reformas acordadas no Acordo de Conacri. Gomes descreveu o “compromisso do governo para garantir que o processo eleitoral é transparente e os seus resultados credíveis.”

Financiamento

O primeiro-ministro também apontouas dificuldades financeiras, dizendo que os doadores não honraram os seus compromissos.

Anatólio Mba disse que segundo a Uniogbis e a Comissão Eleitoral Nacional os doadores entregaram cerca de US$ 2 milhões para o escrutínio, além dos US$ 7,7 milhões já disponibilizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud. Estas entidades disseram que “o governo não estava cobrindo os gastos pelos quais era responsável”.

O embaixador lembrou que “depois de três anos e meio, a crise política acabou tendo um impacto adverso na economia que se manifesta em pressões sobre o governo.”

Cedeao

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau no encontro com os membros do Conselho de Segurança em Bissau.

Os Estados-membros também ouviram queixas dos partidos de oposição, incluindo o Partido para a Renovação Social, PRS, e organizações da sociedade civil sobre irregularidades no processo eleitoral.

Foram apontadas discrepâncias no censo de eleitores, uma vez que apenas 750 mil pessoas estão recenseadas.

Os representantes receberam garantias de que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, realiza uma auditoria e que qualquer anomalia identificada será corrigida.

O representante da Cedeao no país disse que a missão na Guiné-Bissau, Ecomib, com cerca de 600 militares, era muito dispendiosa e poderia terminar em setembro de 2019. A Uniogbis recomendou a sua manutenção, dizendo que a sua presença era “ainda mais necessária” no contexto atual.

Continuidade

Segundo o embaixador Anatólio Ndong Mba, a ideia de que, historicamente, o país não tem problemas com a realização de eleições, mas sim no período pós-eleitoral, foi repetida em vários encontros. 

O presidente da Assembleia Nacional, Cipriano Cassamá, disse que uma reconfiguração da Uniogbis devia “prever uma ajuda continua para abordar temas como o tráfico de drogas, de crianças e a corrupção.”

Sobre o papel dos militares no país, foi destacada a distância mantida em relação às atividades políticas desde o restabelecimento da ordem constitucional em 2014. Durante a reunião com algumas organizações da sociedade civil e com o presidente José Mário Vaz, foi pedido que sejam levantadas as sanções aos militares envolvidos no golpe de abril de 2012. 

Outra questão abordada no Conselho foi a participação das mulheres em todos os níveis de decisão.

Os Estados-membros encorajaram o governo a redobrar esforços para fortalecer a participação políticas das mulheres e elogiaram a adoção da Lei da Paridade, que visa garantir uma representação mínima de 36% de mulheres em eleições, governos locais e nomeações para a Assembleia Nacional.

ONU News 

Campanha de Cajú 2019 - Director-geral de Previsão dos Estudos Económicos diz que actividade corre risco de não ser mais rentável

Bissau, 27 Fev 19 (ANG) - O Director-Geral de Previsão dos Estudos Económicos do Ministério do Comércio afirmou esta terça-feira que a campanha de Comercialização de Castanha de Cajú deste ano corre o risco de não ter maior rendimento em comparação com o  ano passado.

Citado pela Rádio Sol Mansi, Óscar Cunha justificou a sua afirmação com a queda de 25 por cento de preço do mesmo produto no mercado internacional.

Óscar Cunha falava à margem de divulgação dos dados de inquérito feito em 2018 sobre a comercialização de castanha de cajú no qual ficou apontado que o insucesso verificado em 2018 tem que ver com o preço praticado no mercado internacional.

“Este ano, o preço da castanha de caju está a sofrer maior queda em relação ao preço do ano passado. Por isso, é necessário tomar as precauções de modo a evitar o pior”, alertou o Director-geral de Previsão dos Estudos Económicos.

Acrescentou que uma vez que o preço de castanha de cajú baixou ao nível internacional, é necessário alinhar o preço nacional com o internacional de modo a ter um resultado equilibrado.

“Normalmente, quando a procura de um produto diminui no mercado, automaticamente reduz também a aquisição do mesmo, por isso, nestas circunstâncias, é necessário sempre ter uma estratégia viável para não complicar ainda mais a situação”, disse Óscar Cunha.

Em 2018 a campanha de comercialização de castanha de cajú teve insucesso no país, devido a queda de preço do produto no mercado internacional e igualmente por motivo do preço de referência fixado à nível nacional no ordem de 1000 francos CFA por quilograma. 

ANG/AALS/AC//SG

Madem-G15 suspende campanha eleitoral durante o dia de hoje


O Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) da Guiné-Bissau anunciou que vai suspender a campanha eleitoral durante o dia de hoje devido à morte de um dos militantes num acidente de viação.

"Suspendemos a campanha durante o dia de hoje", disse fonte do gabinete de Braima Camará, líder do Madem-G15, partido criado por um grupo de dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Segundo a mesma fonte, a campanha foi suspensa devido à morte do diretor regional da campanha de Bafatá, Sambu Iafá, num acidente de viação.

A Guiné-Bissau realiza eleições legislativas a 10 de março.

A campanha eleitoral, na qual participam 21 partidos políticos, decorre até 08 de março.

LUSA

Braima Darame

Muhammadu Buhari reeleito Presidente da Nigéria – Comissão eleitoral

Muhammadu Buhari foi reeleito Presidente da Nigéria, o país mais populoso de África com 190 milhões de habitantes, com uma margem de milhões de votos sobre o rival Atiku Abubakar, segundo resultados divulgados na terça-feira pela comissão eleitoral.


Os resultados apurados dão o chefe de Estado cessante como reeleito, com mais cinco milhões de votos do que o adversário nas eleições presidenciais de sábado, apesar de ainda faltar apurar resultados de pelo menos um Estado, refere a AFP.

Já a Associated Press fala numa vitória por 3,9 milhões de votos, tendo em conta todos os dados apurados nos 36 estados que compõem o país.

Para garantir a eleição, o vencedor, para além de ter de conseguir a maioria dos votos, tem de reunir 25% dos votos em dois terços dos 36 estados.

Elementos da campanha de Muhammadu Buhari dizem que os números conhecidos já permitem declarar este candidato vencedor, mas a comissão eleitoral do país remeteu para as 03:00 locais (mais uma hora em Lisboa) o anúncio oficial do candidato vencedor.

Segundo a AP, os apoiantes de Buhari já festejam a vitória do candidato junto à sede do seu partido, em Abuja, a capital nigeriana.

O dia das eleições ficou associado a atos de violência que, segundo os dados mais atualizados, fizeram já 53 mortos, números que têm sido contabilizados por uma plataforma de organizações da sociedade civil que acompanhou o ato eleitoral, a Situation Room (Sala de Situação).

De acordo com um relatório desta organização divulgado na segunda-feira, quando ainda se contabilizavam 39 mortes, estes óbitos revelam uma tendência de “grave violência eleitoral” desde o início da campanha, em outubro de 2018, tendo sido identificadas pela Situation Room mais de 260 mortes com motivação política até 23 de fevereiro.

Apesar do adiamento das eleições (estavam inicialmente marcadas para 16 de fevereiro) devido a problemas logísticos, a plataforma da sociedade civil indica que continuaram a verificar-se “grandes falhas logísticas” num escrutínio marcado também pela violência, falta de segurança e excessos de vária ordem e uma conduta “desapontante” dos principais partidos políticos.

No Estado de Lagos houve relatos de perturbação das votações com bandos de criminosos a disparar para o ar, urnas de votos incendiadas e outros atos de violência, alguns causados pela ausência de elementos da Comissão Eleitoral Independente da Nigéria (INEC) e falta de materiais.

A votação sofreu também adiamentos em vários pontos do país com impacto no apuramento dos resultados.

A INEC mostrou-se satisfeita com a forma como decorreram as eleições, mas a Situation Room considera que a comissão “não geriu as eleições de forma eficiente” e que foram registadas “irregularidades significativas”.

No entanto, apela à “contenção” dos eleitores e restantes atores políticos para evitar “perder mais vidas” e que recorram aos tribunais caso se sintam lesados.

As votações de sábado visaram a eleições de um novo presidente – disputada pelos favoritos Muhammadu Buhari, atual Presidente, e o seu rival Atiku Abubakar -, bem como de 360 deputados e 109 senadores.

interlusofona.info

Capital Guineense em 1974

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Isto foi o que o PAIGC herdou do colonialismo português e não foram capazes sequer de manter! No entanto, nestes 45 anos, houve muitas contas abertas e muitos apartamentos comprados na Europa, ainda, muito dinheiro público gasto em viagens dos próprios elementos do PAIGC e das suas concubinas para férias e tratamento na Europa e muito dinheiro deitado fora na esperança de formarem os seus filhos para tentarem criar um legado quase monárquico... É melhor nem falar nas vidas ceifadas intencionalmente e outras de forma indireta, por faltarem às suas responsabilidades de criarem condições de vida e saúde condignas à população... É melhor não falar nas famílias desestruturadas por culpa do estado em que o PAIGC conduziu a Guiné-Bissau.

É melhor nem mencionar uma diáspora ignorada e desprezada durante anos, sendo vistos como potenciais ameaças ao poder instalado pelo PAIGC...

É esse o partido, com liderança e elementos que lá campeiam há décadas, que querem mais uma vez intrujar os guineenses de que renovaram-se, sendo os únicos capazes de reedificar o Estado guineense!

Se o PAIGC ganhar as próximas eleições, não tenho como não aceitar que a sua estratégia de manter o povo no obscurantismo ainda resulta e o caminho da emancipação dos guineenses ainda é longo! Mas não devemos desistir de continuar a informar melhor o povo.

Por: Jorge Herbert 

A poucos dias do Carnaval, falta dinheiro para organizar maior festa popular da Guiné-Bissau

O presidente da comissão organizadora do Carnaval na Guiné-Bissau, José da Cunha, disse hoje que o Governo ainda não desbloqueou os 118 mil euros precisos para organizar a maior festa popular do país.

José da Cunha receia que este ano não seja possível organizar o Carnaval como nas épocas anteriores, com um concurso nacional, que junta, em Bissau, grupos vindos de todo o país.

O Carnaval decorre na Guiné-Bissau entre 02 e 05 de março, sob o lema: "Salvaguarda da Memória Coletiva".

Inicialmente, a comissão organizadora apresentou ao Governo um valor para premiar os melhores grupos, rainhas e máscaras, mas, tendo em conta as dificuldades do Tesouro Público, foi obrigada a baixar a soma para 78 milhões de francos CFA (cerca de 118 mil euros), sublinhou José da Cunha.

"A três dias do Carnaval ainda não temos dinheiro", afirmou José da Cunha, que aguarda, até quinta-feira, por uma resposta do Governo para anunciar como será feita a festa este ano.

Para já, o presidente da comissão organizadora do Carnaval 2019 considera impossível organizar a festa nos moldes programados pela sua equipa desde outubro do ano passado.

Sobre o facto de o Carnaval praticamente coincidir com as eleições legislativas, a 10 de março, José da Cunha disse não constituir problema nenhum.

"Acho que não, até porque as nossas eleições são um autêntico Carnaval", observou José da Cunha, considerando que a Guiné-Bissau estará sempre em festa com os dois acontecimentos.

"Vamos fazer o Carnaval até dia cinco e continuar com as eleições na mesma senda de festa", declarou o responsável.

Foto: Albano Barai

Fonte: LUSA


UM MONSTRO SOB CAPA DA COMUNIDADE INTERNACIONAL PARA EXPLORAR RECURSOS ENERGÉTICOS DOS AFRICANOS

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A chamada Ajuda Internacional é uma cooperação mais interessada em explorar os recursos dos países africanos: “As ajudas humanitárias vão para onde há petróleo e gás. É uma contradição muito grande. As regiões mais ricas são as pobres”, a opinião é de José Castiano, investigador e docente da faculdade de ciências sociais e filosóficas da Universidade Pedagógica de Maputo, Moçambique.

O professor e autor do livro “A Liberdade do Neoliberalismo”, lançado hoje em Bissau, compara a atuação da cooperação internacional nos países africanos com a de um monstro que age sob a capa de “ajuda humanitária”para explorar recursos energéticos dos países parceiros africanos, que acaba por criar uma classe extremamente rica e outra pobre na mesma proporção. Associa-se a estes factos a violência não armada, a das mentes, que sustenta esta injustiça social que só beneficia um mostro chamado neoliberalismo.

José Castiano falava à margem da II Conferência Internacional do ativismo em África que termina nesta quarta-feira em Bissau.

Braima Darame