Por Jorge Herbert
Uma tropa de analistas acredita entender a “realidade africana” apenas porque conhece os políticos corruptos, as tribos, as guerras e as doenças. Esse retrato simplista é historicamente conveniente e politicamente necessário.
Afinal é preciso legitimar uma relação de predação que permaneceu intacta depois do colonialismo.
Afinal, o colonialismo não chegou nunca a ter um depois.
Delegou-se nas elites africanas o papel de novos intermediários na exploração dos recursos.
Mia Couto in o universo num grão de areia.
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