quarta-feira, 17 de julho de 2019

Notas soltas: A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL, QUE CENÁRIO?

Por Ussumane Grifom Camará

Sendo que a mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) é eleita uma vez em cada legislatura, uma eventual candidatura do seu Presidente, Cipriano Cassama, abrirá uma vacatura que automaticamente será preenchida por 1° Vice-presidente, o Nuno Nabiam e, num ato contínuo, com a candidatura, também já anunciada, de Nuno Nabiam a segunda vice-presidente, Adja Satu Camará, do MADEM-G15, assumirá a presidência da ANP durante a décima legislatura e, segundo a lei, indicará alguns deputados para ocupar as vagas na mesa. Se o houver boa fé essas indicações poderão ser nas bancadas do PAIGC e PRS, caso contrário ela poderá se optar faze-las na bancada do MADEM-G15, o que mudará radicalmente o debate político parlamentar durante a recém iniciada legislatura. Porém o MADEM-G15 passará a ocupar três lugares de um que a lei inicialmente o tinha atribuído.

No quadro interno partidários é óbvio que teremos um PAIGC agitado nas primárias e, se de ânimo leve for gerida a agenda de Cipriano que diz ser dum acordo com o presidente do partido alegando o Congresso de Cacheu (eu acrescentaria o inconstitucional e antiregimental bloqueio da ANP durante a nona legislatura), poderá agudizar a crise que transportada às esferas da governação sobretudo no parlamento pode vir a ditar um novo cenário com forte sinal de empatar a legislatura vigente.

Com o anúncio de Carlos Gomes Jr (o suposto assassino segundo o Ministério Público) o MADEM-G15 perdeu uma aposta importante e, certamente, entrará em crise de candidato de peso para fazer frente a máquina do PAIGC e do Presidente Jomav, caso decida se candidatar. Entre o Braima Camará e o Umaro Sissoco o MADEM-G15 simplesmente faliu candidato com argamassa, digamos bagagem, tanto pela preparação política (o argumento também faz parte) como pela grandeza de postura exigido à um Presidente da República. Se apostar num anónimo no cenário político estará se aventurar, o que politicamente não é bom.

O PRS há muito que está desmoronando, perdendo a rédea da narrativa política nacional que nos tem habituado. O PRS quebrou na sua essência e como na eleição passada não tem um rosto capaz de o representar com dignidade a que o Kumba Yalá o representou durante duas décadas. O PRS vive às sombras do MADEM-G15, é lastimável!

Ao contrário disto tudo, há quem afirma que o Jomav poderá ser uma apostar, um messias, dessas duas formação políticas, hmmm! Vivo para ver esse casamento!

Resumindo, a eleição ora marcada está em crise de candidatos e a Guiné-Bissau pagará cara as faturas!

Obs. QUANDO SE TRATA DA GUINÉ-BISSAU ME LEVANTO PORQUE RECUSO QUE ELA SE AFUNDA COMIGO À BORDO!

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