Porta-voz da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), José Alves Té, insurgiu esta terça-feira, 14 de maio de 2019, contra a passividade do executivo e disse que trabalhadores da função pública guineense deviam merecer outro tipo de tratamento do governo liderado por Aristides Gomes e não o “silêncio ensurdecedor”.
José Alves Té fez esta réplica em conferência de imprensa conjunta realizada pelas duas maiores centrais sindicais do país – a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau e União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, para falar da segunda vaga de três dias de greve na função pública.
Alves Té acusa governo de Aristide Gomes de falta de interesse em resolver os problemas dos servidores públicos, não obstante reiteradas vezes os sindicatos terem pedido ou mostrado a vontade em negociar com patronato, fato que na visão do sindicalistas revela um sentimento de que Aristides Gomes tem outros assuntos de maior relevância para resolver. “Sendo assim a única arma que os trabalhadores têm para fazer valer seus direitos é recorrer mais uma vez à greve”.
“Queremos confirmar que a greve que se inicia hoje tem duração de três dias, ou seja, de (14 a 16), mesmo assim a comissão negocial está disposta a negociações. Até neste momento que estamos a falar podemos confirmar aos jornalistas que não recebemos nenhuma convocatória por parte do governo e lamentamos bastante a forma como o assunto dos trabalhadores tem sido tratado e encarrado pelas autoridades do país”, lamentou.
Segundo José Alves Té, a greve teve neste primeiro dia uma adesão significativa. Outra exigência dos sindicatos tem a ver com a entrada das pessoas na administração guineense sem concurso público.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
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