domingo, 21 de abril de 2019

O CÓDIGO GENÉTICO DO PAIGC

Por Jorge Herbert

O PAIGC, consciente da frágil vitória alcançada nas últimas eleições, da frágil legislatura que tem pela frente, apesar da dimensão do investimento feito na campanha, e ainda, consciente do apoio da comunidade internacional empenhado que os seus “paus-mandados” estejam à frente dos destinos da Guiné-Bissau, para poderem pôr em execução os seus planos da nova escravatura económica, iniciaram intencionalmente um processo de litígio, com o único objetivo de rotular os outros de conflituosos e responsáveis pelo bloqueio e o atual estado da nação. Eles até são uns iluminados a quem não se deixa realizarem o sonho dos guineenses conforme prometeram e anunciaram. Eles são os únicos capazes e detentores de um programa de desenvolvimento do país, embora fazerem tudo para bloquear a atuação de outros governos!

O PAIGC, para a resolução temporária dos seus conflitos internos e dos egos dos seus militantes, conseguiu envolver no passado a classe castrense nos seus conflitos, levando-os ao desprestígio social e até terem sido vítimas de sanções internacionais injustas, que prejudicaram a vida de muitos deles. O PAIGC esse saiu impune dessas sanções!

Graças ao atual Presidente da República, o CEMGFA e outros elementos da classe castrense apaziguadores e conhecedores dos seus deveres republicanos, a IX legislatura decorreu sem qualquer intervenção militar no processo civil e político, mas não deixou de haver conflito, porque onde está o PAIGC, tem de haver conflito! Seja porque perderam o poder e querem recuperá-lo, ou porque estão no poder, mas os cargos não são suficientes para satisfazer os egos e os luxos de todos os seus militantes, o que obviamente agravará com a necessidade de alianças com outros partidos para conseguirem governar.

Pese embora o remetimento dos militares às suas verdadeiras funções, o PAIGC criou novos conflitos que fez quase parar todo um país, durante toda a IX legislatura! Entraram primeiro em rota de colisão com o sistema judicial, acusando-o de perseguição ao seu governo, quando quase toda a gente naquele país sabia das negociatas com os passaportes diplomáticos que era encabeçado pelo então Secretário de Estado da Cooperação! Por ex, gostava de saber a que propósito, um empresário responsável de uma Casa da Guiné deve ser portador de um passaporte diplomático!?

Após essa guerra judicial com obstrução da justiça na audição dos membros do primeiro governo da IX legislatura, eis que aparece o novo bode expiatório para os conflitos do PAIGC. Trata-se nem mais, nem menos, que o Presidente da República, cujo o grande crime cometido foi usar das prerrogativas previstas na carta magna para derrubar um governo com evidentes sinais de proteção de esquemas de corrupção e ainda desrespeito institucional ao Presidente da República, sempre que quisesse fiscalizar a atuação desse governo.

O PAIGC, após a queda do seu governo fez uma oposição das mais baixas já vistas na democracia guineense, com obstaculização do funcionamento da casa da democracia e de tudo o que se tratava de tentativas de consensos para ultrapassar a crise criada pelo próprio PAIGC... Promoveu manifestações a pedir demissão do Presidente da República. Em toda a nossa história como país livre, nunca um presidente da república foi tão insultado e diabolizado como na IX legislatura, apenas e só porque derrubou um governo que pactuava com esquemas de corrupção e protegia alguns dos seus membros corruptos...

Na sequência dessa saga conflituosa do PAIGC, houve expulsão de militantes e até expulsão de deputados eleitos pelo povo, das suas funções no hemiciclo! Como se não bastasse, vimos uma dita comunidade internacional bacoca e sem linha de orientação a proteger uns e sancionar outros, conforme os seus interesses estratégicos. Mais uma vez, por conflitos criados pelo PAIGC, houve guineenses sancionados pela comunidade internacional, ainda por cima de uma forma vergonhosa! Desta vez não foram os militares os culpados nem os sancionados, mas políticos e civis não políticos que nem um auto de acusação dos crimes ou infrações que cometeram tiveram! E o PAIGC continuou impune, apesar de ser o principal foco de conflito na Guiné-Bissau!

No início da X legislatura, o PAIGC não conseguiu mais uma vez resistir à sua essência! Pediu cedências a outros partidos e quando chegou a sua vez de ceder, não cedeu! Se calhar, para o PAIGC dito renovado, a mesa da ANP deve ser restringida apenas aos civilizados e não a djintius como Braima Camará, que tem o sotaque equivalente à gente da sua etnia (do qual deve orgulhar-se) e não “importou” o sotaque abacalhoado de alguns Honórios Barretos da nossa praça!

O PAIGC sabendo que nesta legislatura encontra-se numa posição mais fragilizada em que alguma vez se viu, vai tentar provocar conflitos para depois pedir socorro aos protetores de uma dita comunidade internacional sedenta de executar a sua agenda para a Guiné-Bissau. Mas, meus caros, se acham que o Presidente da República desta vez vai entrar no vosso jogo, estão enganados! Vão ter mesmo que provar aos guineense que não passam de uns “vendedores de sonhos” e que a incompetência, a conflitualidade, o amiguismo, o caciquismo e a corrupção faz parte do vosso código genético e foi por isso e pela vossa forma de estar, que a Guiné-Bissau chegou ao ponto a que chegou!

No meu próximo texto tenciono abordar os tipos de quadros que o país produziu nesses 46 anos...

Jorge Herbert

2 comentários:

  1. George Herbert tu és mentiroso e invejoso tu és um barril de pólvora para a Guiné Bissau

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  2. Ês nhu Jorge Hebert dja y ka pa kudi. El y odia PAIGC só pa odia. Simplesmenti pa odia. Y pa y dissadu sim, suma Spínola ku João Galvão das karassas dissaduba tambi. Tôk Deus/Alah/Walan bin tchoma elis pa Inferno. El y pa dissa tambi. Boa sorti, obrigado e amizade. A. Keita

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