quinta-feira, 18 de abril de 2019

Líder do guineense Madem-G15 diz que dissidentes passaram a protagonistas políticos

Bissau, 17 abr 2019 (Lusa) - O coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, disse hoje que o grupo de dissidentes do PAIGC, que chegou a ser considerado "falhado", é agora protagonista político na Guiné-Bissau.

"Considerado por alguns como um grupo de dissidentes falhados em vias de extinção política, o Madem-G15 teve uma expressiva votação de confiança do povo guineense, votação que superou todas as expectativas", afirmou Braima Camará, no discurso na cerimónia de tomada de posse dos 102 deputados eleitos nas legislativas de 10 de março.

O Madem-G15 foi criado por um grupo de deputados dissidentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que entrou em rutura com a liderança do partido, e conquistou 27 deputados nas legislativas, tornando-se na segunda força política do país e na grande surpresa das últimas eleições.

"Os prognósticos de famosos cientistas políticos da nossa praça não se confirmaram. Deixamos de vez de ser um grupo de resistentes contra a arrogância política, contra o inesperado culto de personalidade", afirmou Braima Camará.

O coordenador nacional do Madem-G15 disse também que o partido passou a ser um protagonista político com um estatuto que foi conquistado "democraticamente" nas urnas.

"O Madem-G15 assume-se como fator de união, pilar de unidade nacional, dínamo de uma sociedade política inclusiva, solidária, não sectária, porque afinal todos juntos seremos mais para dar um novo rumo à Guiné-Bissau", salientou Braima Camará, apelando à unidade.

Para o coordenador nacional do Madem-G15, o mandato concedido pelos guineenses representa para o partido a "concretização de uma promessa de liberdade, justiça e autenticidade".

Os 102 deputados eleitos nas legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau tomaram hoje posse numa cerimónia que decorreu numa unidade hoteleira em Bissau, devido às obras que decorrem na Assembleia Nacional Popular, na presença de vários representantes da comunidade internacional.

dn.pt/lusa

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