Emílio Iano Mendes, advogado da defesa do ministro de Agricultura e Desenvolvimento Rural, considerou de desnecessária e brutal o procedimento dos agentes da Polícia Judiciária de deter o ministro Niculau dos Santos.
O advogado da defesa reagia assim a imprensa esta quinta-feira, 11 de abril de 2019, a tentativa frustrada da detenção do seu constituite que é considerado pela Polícia Judiciária do suspeito no desvio de milhares de arroz oferecidos pelo governo da República Popular da China.
O titular da pasta de agricultura foi ouvido esta manhã pelos agentes daquela corporação policial da investigação criminal numa das salas da reunião do seu ministério no âmbito da “Operação Arroz de Povo”, durante duas horas e no fim foi declarada a prisão. O ministro recusou acatar a ordem da prisão e depois fugiu-se do seu gabinete.
Em declaração aos jornalistas, o advogado da defesa, Emílio Mendes, disse acreditar que a PJ o que pretende no fim de tudo é a realização da justiça através de busca da verdade material, por isso sublinhou que “não era necessário o recurso a violência para levar o ministro com a força”.
“Audição correu normal e Nicolau dos Santos, prestou as declarações que tinha e protestou juntar todos os documentos que provam os factos por ele alegado e quando preparamos para sair na sala, onde decorreu audição, os agentes da PJ chegaram de forma repentina, armados e uniformizados com uma ordem de detenção do ministro e aí indagai, porque o ministro não recebeu nenhum despacho que o declara como um suspeito e ele prestou toda a colaboração necessária que a PJ solicitou, portanto não estou a perceber razão da sua detenção, mas os agentes da PJ não querem saber e tentam ao todo custo detê-lo, recorrendo a violência desnecessária para retirar o ministro no seu gabinete do trabalho ao ponto de arrombarem a porta do gabinete”, relatou.
O advogado adiantou neste particular que o Nicolau dos Santos estava no seu gabinete e os agentes entenderam que o ministro estava a tentar subtrair a diligência o que não é verdade e pediu os agentes enquanto advogado para conversar com o ministro para ver os termos e condição em que ele poderá apresentar a PJ. Assegurou ainda que o seu constituinte está disposto como sempre demostrou em colaborar com a justiça na busca da verdade material e na realização da justiça, porque segundo disse “ninguém está acima de lei”.
Questionado se o ministro de Agricultura, Nicolau dos Santos, vai entregar a PJ de acordo com o mandado de detenção apresentado pelos agentes da Polícia judiciária, garantiu que o seu cliente irá prestar toda sua colaboração naquilo que é necessário e dentro do quadro legal.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
OdemocrataGB
Oh, minha gente! Muita conversa. Mas a toda a verdade é que, não podemos instituir e instalar um regime apelidado de Democracia Parlamentar Representativa e de Estado de Direito e, pensar que ele será bem-sucedido, sem o cumprimento irrestrito das Leis da República por todos. Por todos mesmo; sobretudo, logo que o cumprimento deste ato (mandado de detenção preventiva no presente caso) se impõe de maneira imperativa pelas circunstâncias. Não! Não podemos.
ResponderEliminarDe outro lado, como pode o nosso país ter a boa imagem, diante de nós mesmos localmente e fora, junto da opinião pública internacional. Com tudo isso. Incrível.
Por isso, eis Sr. Ministro Nicolau dos Santos. Um conselho em direto para si.
Pelos factos vindo ao público neste seu caso durante estes dias todos, pela gravidade da acusação e pelo bem do nosso país e tendo em conta esta presente situação pós eleitoral em que nos encontramos ainda, vocês pelo menos, devia já ter demitido do seu cargo há dias atrás. Pelo menos isso. Senão já agora, é ir entregar-se na PJ, acatando assim a ordem desta instituição do Estado, e, deixar essas conversinhas pintadas de “sempre demostrou em colaborar com a justiça na busca da verdade material e na realização da justiça” e mais coisas do género. Náo!
Ir entregar-se na PJ, isso sim, seria a demonstração, mesmo se já de modo medíocre porque tardio demais, de se tratar de alguém que algo percebe daquilo que é apelidado, o “Sentido de Estado” em todos os Estados-Nacionais modernos.
Eis o bom caminho Sr. Ministro. O bom caminho.
Obrigado.
Pela honestidade intelectual, infalível...
Por uma Guiné-Bissau de Homem Novo (Mulheres e Homens), íntegro, idôneo e, pensador com a sua própria cabeça. Incorruptível!
Que reine o bom senso.
Amizade.
A. Keita