sábado, 24 de novembro de 2018
ONG portuguesa assina protocolos para apoiar população do leste da Guiné-Bissau
A organização não governamental portuguesa EducaAfrica assinou hoje três protocolos com a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau para apoiar as populações de várias comunidades no leste do país.
Os protocolos foram rubricados por Mama Samba Embaló, presidente interino da CCIAS, e por Mário Gouveia, vice-presidente da EducaAfrica, visando a criação de uma escola de formação para beneficiar microempresas de agricultores de Pitche, criadores de gado da região de Gabu e ainda promover o desenvolvimento na aldeia de Madina Djan.
No âmbito dos protocolos, os habitantes das três localidades (Pitche, Gabu e Madina Djan) terão formações, de pequena duração também em Portugal, nas áreas de cidadania, observação do ambiente, energia, agricultura e pastorícia.
Durante 11 dias, uma equipa da EducaAfrica, composta por duas médicas, duas enfermeiras e um técnico de saúde, realizou 300 rastreios em saúde oral e mais de uma centena de consultas nalgumas localidades do norte e leste da Guiné-Bissau.
“Nós, portugueses, queremos muito que a Guiné-Bissau seja desenvolvida, temos responsabilidades históricas e humanas, queremos colaborar com os guineenses”, observou hoje Mário Gouveia, após a assinatura dos três protocolos.
No entanto, o vice-presidente da EducaAfrica defendeu ser da responsabilidade dos próprios guineenses que, disse, devem parar de pedir.
“Parem de andar de mãos estendidas, vocês são seres humanos, com dignidade. Agarrem o vosso futuro. Portugal está aqui para vos ajudar apenas”, afirmou Mário Gouveia.
O responsável da EducaAfrica – que há cinco anos realiza missões médicas solidárias em São Domingos, Suzana e Varela – defendeu que a Guiné-Bissau possui potencialidades e que muitas não são aproveitadas, dando o exemplo da “quantidade do lixo que anda por aí” que, afirmou, pode ser reciclado e vendido.
“Uma tonelada de vidro custa 700 euros em Portugal”, notou Mário Gouveia, alertando para a quantidade desse material que não é aproveitado na Guiné-Bissau.
interlusofona.info
Os protocolos foram rubricados por Mama Samba Embaló, presidente interino da CCIAS, e por Mário Gouveia, vice-presidente da EducaAfrica, visando a criação de uma escola de formação para beneficiar microempresas de agricultores de Pitche, criadores de gado da região de Gabu e ainda promover o desenvolvimento na aldeia de Madina Djan.
No âmbito dos protocolos, os habitantes das três localidades (Pitche, Gabu e Madina Djan) terão formações, de pequena duração também em Portugal, nas áreas de cidadania, observação do ambiente, energia, agricultura e pastorícia.
Durante 11 dias, uma equipa da EducaAfrica, composta por duas médicas, duas enfermeiras e um técnico de saúde, realizou 300 rastreios em saúde oral e mais de uma centena de consultas nalgumas localidades do norte e leste da Guiné-Bissau.
“Nós, portugueses, queremos muito que a Guiné-Bissau seja desenvolvida, temos responsabilidades históricas e humanas, queremos colaborar com os guineenses”, observou hoje Mário Gouveia, após a assinatura dos três protocolos.
No entanto, o vice-presidente da EducaAfrica defendeu ser da responsabilidade dos próprios guineenses que, disse, devem parar de pedir.
“Parem de andar de mãos estendidas, vocês são seres humanos, com dignidade. Agarrem o vosso futuro. Portugal está aqui para vos ajudar apenas”, afirmou Mário Gouveia.
O responsável da EducaAfrica – que há cinco anos realiza missões médicas solidárias em São Domingos, Suzana e Varela – defendeu que a Guiné-Bissau possui potencialidades e que muitas não são aproveitadas, dando o exemplo da “quantidade do lixo que anda por aí” que, afirmou, pode ser reciclado e vendido.
“Uma tonelada de vidro custa 700 euros em Portugal”, notou Mário Gouveia, alertando para a quantidade desse material que não é aproveitado na Guiné-Bissau.
interlusofona.info
Troque gente chata por vinho, é a melhor opção
Tem dias em que eu paro para analisar o que está ali à minha volta, quem caminha junto, ou quase, o que ando valorizando, em quem costumo prestar mais atenção.
Chego a me surpreender com o tanto de coisas e de pessoas que guardo comigo sem função alguma, o tanto de energia que costumo gastar à toa, sem razão, e o quanto coloco em segundo plano justamente quem deveria se aninhar em meu coração durante as vinte e quatro horas dos dias.
Não dá para sermos racionais o tempo todo, com todo mundo, ainda mais nesse ritmo alucinante que rege nossas vidas, porém, acabamos caindo no excesso oposto, absorvendo com prioridade tudo o que faz mal.
Parece que as palavras mais rudes, os gestos mais mesquinhos, as atitudes menos decentes chegam até nós e não saem, ao passo que tudo o que envolve bondade e afetividade sincera passa rapidamente pela gente e vai embora.
E, quando a gente percebe que fica dando corda para quem não quer nada além de perturbar, para quem só sabe agredir, mesmo que com o olhar, para quem é maldoso, hipócrita e dissimulado, vem a impressão de que devemos ser muito bobos mesmo, ou temos a palavra trouxa estampada na testa.
Não é possível que a gente vá sobreviver com mínima qualidade de vida, enquanto continuarmos dando ouvidos a quem só oferece desarmonia e desesperança.
Da mesma forma, caso nos prendamos somente ao que possuímos materialmente, caso nos prendamos às aparências, à necessidade de consumir, de ter mais e mais, de mostrar ao mundo que andamos de carro novo, moramos em condomínio de luxo, viajamos para hotéis nababescos, mais nos esqueceremos de alimentar as verdades imateriais de que se sustenta o nosso coração, a nossa essência.
É assim que a gente se perde de quem importa e de nós mesmos..
Quem não sabe falar de outra coisa a não ser de dinheiro, investimentos, calorias e preenchimentos labiais, cansa demais a gente.
E é exatamente esse tipo de pessoa que nos tornaremos, caso não consigamos nos afastar do apego exagerado aos bens e da atenção demasiada aos chatos de plantão.
A gente entra em sintonia com aquilo que trazemos junto, com as energias em que focamos nossas forças, com os discursos que guardamos em nossos corações.
É preciso que, ao fim do dia, mantenhamos aqui dentro somente aquilo que nos tranquiliza e nos renova, ao som de uma boa música, degustando um bom vinho, degustando a vida, seja com alguém que valha a pena, seja com a nossa melhor companhia: nós mesmos.
fonte; paporetolive
revistapt
Editorial: ACORDO DE PESCA: GUINÉ-BISSAU PAGA FATURA DE MESQUINHEZ E INCOMPETÊNCIA!
O anúncio público pelo governo guineense de um acordo de pesca com a União Europeia é a confirmação da falta de ambição, de visão e de transparência de sucessivos dirigentes deste país. Segundo o executivo, ao abrigo do acordo renovado, o bloco europeu pagará anualmente 15,6 milhões de euros à Guiné-Bissau, um acréscimo de 6,1 milhões de euros, comparado ao precedente acordo. Motivo de celebração por muitos guineenses – verdadeiros mesquinhos e adeptos de dinheiro fácil, “fresco”, independentemente da forma como é obtido.
A cultura de facilitismo está na base de improdutividade e acelerado retrocesso que têm caracterizado esta pátria há várias décadas. É revoltante a atitude de “eterno pedinte” que caracteriza a maioria dos que se auto-apelidam de dirigentes nesta terra. Falência do amor em defesa do país e dos seus recursos. Como se pode explicar a forma leviana, total falta de transparência e partilha de informações sobre os meandros de (últimas) negociações que culminaram em mais um desastroso e vergonhoso memorando com a UE?
A propoganda em torno deste acordo com os países europeus que se limitou a referir aos mesquinhos ganhos da parte guineense, ocultando os exorbitantes lucros da parte europeia, ilustra apenas a gritante incompetência! Só na Guiné-Bissau se orgulha de um acordo que não incide na criação de empregos e transformação local de produtos pesqueiros. Nenhuma cláusula do acordo obriga as empresas europeias beneficiárias a operar investimentos geradores de empregos.
Por que é que os acordos de pesca não são publicados e seus conteúdos serem objeto de debate público? Será que o acordo determina o número exacto de navios da UE admitidos anualmente a pescar na Zona Económica Exclusiva (ZEE) guineense? Esta exigência é extensiva a outros países não europeus (China, Rússia, etc) que descaradamente roubam peixes nas nossas águas.
É tempo de o guineense deixar de ser mesquinho e afirmar-se como um ser capaz. Este país se encontra nas águas turvas porque a mesquinhez e incompetência tornaram-se uma norma na gestão do Estado, facilitada pela inércia das organizações cívicas cujas agendas confundem-se com as dos desorganizados políticos.
Desde assinatura do acordo, nenhuma palha mexeu da parte da sociedade civil. Uma passividade cúmplice! Sem esquecer do ‘mukur-mukur’ [silêncio cúmplice] do senhor Presidente da República que, em 31 de janeiro de 2017, num discurso populista na visita ao Porto de pesca de Bandim, afirmara que ‘doravante, qualquer barco que pratique atividade de pesca nas águas territoriais da Guiné-Bissau deve descarregar uma parte do pescado no mercado guineense’.
A mudança da Guiné-Bissau só será uma realidade com a emergência de organizações cívicas responsáveis, capazes de animar e incitar uma agenda cidadã, condição indispensável para a afirmação de uma liderança comprometida e patriótica, que não se contenta com trocos e migalhas.
É possível, sim, mudar o paradigma e colocar a Guiné-Bissau no clube de países que inspiram a confiança e respeito através de novas atitudes de rigor para com os interesses do povo.
Por: Redação
OdemocrataGB
A cultura de facilitismo está na base de improdutividade e acelerado retrocesso que têm caracterizado esta pátria há várias décadas. É revoltante a atitude de “eterno pedinte” que caracteriza a maioria dos que se auto-apelidam de dirigentes nesta terra. Falência do amor em defesa do país e dos seus recursos. Como se pode explicar a forma leviana, total falta de transparência e partilha de informações sobre os meandros de (últimas) negociações que culminaram em mais um desastroso e vergonhoso memorando com a UE?
A propoganda em torno deste acordo com os países europeus que se limitou a referir aos mesquinhos ganhos da parte guineense, ocultando os exorbitantes lucros da parte europeia, ilustra apenas a gritante incompetência! Só na Guiné-Bissau se orgulha de um acordo que não incide na criação de empregos e transformação local de produtos pesqueiros. Nenhuma cláusula do acordo obriga as empresas europeias beneficiárias a operar investimentos geradores de empregos.
Por que é que os acordos de pesca não são publicados e seus conteúdos serem objeto de debate público? Será que o acordo determina o número exacto de navios da UE admitidos anualmente a pescar na Zona Económica Exclusiva (ZEE) guineense? Esta exigência é extensiva a outros países não europeus (China, Rússia, etc) que descaradamente roubam peixes nas nossas águas.
É tempo de o guineense deixar de ser mesquinho e afirmar-se como um ser capaz. Este país se encontra nas águas turvas porque a mesquinhez e incompetência tornaram-se uma norma na gestão do Estado, facilitada pela inércia das organizações cívicas cujas agendas confundem-se com as dos desorganizados políticos.
Desde assinatura do acordo, nenhuma palha mexeu da parte da sociedade civil. Uma passividade cúmplice! Sem esquecer do ‘mukur-mukur’ [silêncio cúmplice] do senhor Presidente da República que, em 31 de janeiro de 2017, num discurso populista na visita ao Porto de pesca de Bandim, afirmara que ‘doravante, qualquer barco que pratique atividade de pesca nas águas territoriais da Guiné-Bissau deve descarregar uma parte do pescado no mercado guineense’.
A mudança da Guiné-Bissau só será uma realidade com a emergência de organizações cívicas responsáveis, capazes de animar e incitar uma agenda cidadã, condição indispensável para a afirmação de uma liderança comprometida e patriótica, que não se contenta com trocos e migalhas.
É possível, sim, mudar o paradigma e colocar a Guiné-Bissau no clube de países que inspiram a confiança e respeito através de novas atitudes de rigor para com os interesses do povo.
Por: Redação
OdemocrataGB
Novo aeroporto internacional da Guiné-Bissau custará 745 milhões de euros -- Governo
O ministro dos Transportes e Comunicações da Guiné-Bissau, Serifo Djaquité, anunciou hoje no parlamento que o Governo já tem um projeto para construção de um novo aeroporto internacional, que custará 745 milhões de euros.
O financiador do projeto, a ser desenvolvido se assim entender o Governo saído das próximas eleições legislativas, já está identificado, assinalou Jaquité, devendo apenas prosseguir com as negociações dos termos do contrato para a forma de reembolso.
O ministro dos Transportes e Comunicações guineenses disse que o atual Governo já tem um entendimento com um grupo do Dubai, com experiência em construção de terminais aeroportuários naquele país do golfo.
"A Guiné-Bissau tem que evoluir", assinalou Serifo Jaquité, indicando estar já na posse do primeiro-ministro um projeto para o futuro aeroporto internacional a ser construído nas zonas de Nhacra e Mansoa, no centro do país.
O ministro precisou que o próximo Governo poderá propor ao financiador do futuro aeroporto que construa a infraestrutura e a explore durante alguns anos, como forma de recuperar o seu dinheiro, ou outras modalidades, disse.
A Guiné-Bissau conta com um único aeroporto internacional, Osvaldo Vieira, em Bissau, mas que as próprias autoridades reconhecem ser inadequado para as necessidades do país.
Foto: Braima Darame
dn.pt/lusa
O financiador do projeto, a ser desenvolvido se assim entender o Governo saído das próximas eleições legislativas, já está identificado, assinalou Jaquité, devendo apenas prosseguir com as negociações dos termos do contrato para a forma de reembolso.
O ministro dos Transportes e Comunicações guineenses disse que o atual Governo já tem um entendimento com um grupo do Dubai, com experiência em construção de terminais aeroportuários naquele país do golfo.
"A Guiné-Bissau tem que evoluir", assinalou Serifo Jaquité, indicando estar já na posse do primeiro-ministro um projeto para o futuro aeroporto internacional a ser construído nas zonas de Nhacra e Mansoa, no centro do país.
O ministro precisou que o próximo Governo poderá propor ao financiador do futuro aeroporto que construa a infraestrutura e a explore durante alguns anos, como forma de recuperar o seu dinheiro, ou outras modalidades, disse.
A Guiné-Bissau conta com um único aeroporto internacional, Osvaldo Vieira, em Bissau, mas que as próprias autoridades reconhecem ser inadequado para as necessidades do país.
Foto: Braima Darame
dn.pt/lusa
NEM A MEDIAÇÃO DA ANP CONSEGUE LEVANTAR GREVE DOS PROFESSORES
Nem o presidente do Parlamento conseguiu fazer os professores levantarem a greve nas escolas.
O Presidente e porta-voz da Comissão Negocial dos professores, Bunghôma Duarte Sanhá disse que não houve consensos nas negociações mantidas com o Presidente da Assembleia Nacional Popular visando o levantamento da greve em curso no sector educativo.
Bunghôma Duarte Sanhá que falava à imprensa esta quinta-feira após o encontro com Cipriano Cassamá, explicou que embora estão a procurar as vias para alcançar um consenso entre as partes, houve inflexibilidade do Presidente da ANP no que se refere aos meios financeiros e por isso as negociações foram inconclusivas.
Disse que a única satisfação que a Comissão Negocial regista neste momento é o esforço que o parlamento está a fazer para ultrapassar a situação da revisão dos Estatutos da Carreira Docente que tem os seus regulamentos.
Afirmou ainda que o governo está a alegar a falta de receitas para a satisfação das exigências dos sindicatos.
“Imagine um professor que não recebe durante todo o ano lectivo, não pode ser pago só um mês e a contraproposta da Comissão perante essa negociação é que, se o governo tem a dívida de 5 meses que pague no mínimo 4 meses. E no mês seguinte liquida o restante”, disse , tendo afirmado que o início das aulas depende das negociações.
As aulas nas escolas públicas ainda não começaram desde a realização de abertura oficial do ano lectivo em Outubro passado.
A greve dos professores decorre há mais de um 60 dias.
Notabanc; 23.11.2018
O Presidente e porta-voz da Comissão Negocial dos professores, Bunghôma Duarte Sanhá disse que não houve consensos nas negociações mantidas com o Presidente da Assembleia Nacional Popular visando o levantamento da greve em curso no sector educativo.
Bunghôma Duarte Sanhá que falava à imprensa esta quinta-feira após o encontro com Cipriano Cassamá, explicou que embora estão a procurar as vias para alcançar um consenso entre as partes, houve inflexibilidade do Presidente da ANP no que se refere aos meios financeiros e por isso as negociações foram inconclusivas.
Disse que a única satisfação que a Comissão Negocial regista neste momento é o esforço que o parlamento está a fazer para ultrapassar a situação da revisão dos Estatutos da Carreira Docente que tem os seus regulamentos.
Afirmou ainda que o governo está a alegar a falta de receitas para a satisfação das exigências dos sindicatos.
“Imagine um professor que não recebe durante todo o ano lectivo, não pode ser pago só um mês e a contraproposta da Comissão perante essa negociação é que, se o governo tem a dívida de 5 meses que pague no mínimo 4 meses. E no mês seguinte liquida o restante”, disse , tendo afirmado que o início das aulas depende das negociações.
As aulas nas escolas públicas ainda não começaram desde a realização de abertura oficial do ano lectivo em Outubro passado.
A greve dos professores decorre há mais de um 60 dias.
Notabanc; 23.11.2018
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