domingo, 4 de março de 2018

Marcha pacífica: MCCI PEDE SANÇÕES POLÍTICAS CONTRA PRESIDENTE JOSÉ MÁRIO VAZ

Os jovens do movimento de cidadãos inconformados com a crise política na Guiné-Bissau pediram hoje à comunidade da África Ocidental que sancione o Presidente do país, José Mário Vaz, que acusam de ser o mentor da situação.

Sumaila Djaló, porta-voz dos Inconformados, movimento constituído por jovens dos liceus e universidades, indicou à Lusa, à margem de uma manifestação hoje realizada nas ruas de Bissau, que José Mário Vaz “tem de ser sancionado” pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Os Inconformados manifestaram hoje diante da sede da CEDEAO a sua solidariedade para com a organização africana por ter decretado sanções contra 19 personalidades guineenses, que acusa de serem os responsáveis pela persistência da crise política no país, mas querem que o nome de José Mário Vaz passe a figurar na lista de castigados.

“Sendo José Mário Vaz o autor desta crise o nome dele tem que figurar numa futura lista, queremos que seja sancionado pela CEDEAO”, defendeu Sumaila Djaló, agradecendo à organização “pela sábia decisão” de aplicar sanções aos responsáveis do país.

O movimento entregou ao representante da CEDEAO em Bissau, Blaise Diplo, um manifesto no qual agradecem o castigo aplicado às 19 personalidades, mas também frisam a sua vontade de ver o nome do Presidente do país entre os castigados.

Blaise Diplo prometeu fazer chegar o documento às instâncias competentes.

Outro elemento dos Inconformados, Badilé Samy, disse no seu discurso que as sanções da CEDEAO, que entre outras medidas proíbem os visados de viajarem, “já estão a ter resultados”, pelo que, insistiu, devem ser adotadas “por todas as instâncias internacionais”.

A única mulher a usar da palavra nos discursos, Isabel Gomes, entende que “há mais pessoas” que devem ser sancionadas para que a Guiné-Bissau “ganhe a paz definitivamente”.

Quanto ao facto de a manifestação contar com pouca adesão, cerca de cem jovens, Isabel Gomes defendeu que “tudo se deveu a estratégia da polícia”, que só autorizou a ação por volta das 23:00 sábado.


Inicialmente a polícia tinha dito que não ia garantir segurança e as pessoas tiveram receio de vir à manifestação, explicou a dirigente que se considera orgulhosa com aqueles que marcharam cerca de cinco quilómetros até a sede da CEDEAO, disse. 

Fonte: Lusa

odemocratagb

PAIGC - Secçâo França - A Indignaçâo E Incompreensão !

A Secçâo França de PAIGC vem manifestar a sua indignaçâo pela forma como foi organizado o dito « 9° Congresso de PAIGC » e o nâo reconhecimento dessa assembleia de colégas e amigos que para nôs, nâo é nada se não um encontro de colégas e amigos.

A direcçâo cessante conduzida pelo camarada Domingos Simôes Pereira não têm uma estratégia para unir o Partido, não podemos fazer um congresso de um Partido como o PAIGC sem uma estratégia para reunir todos os seus militantes no sentido de realizar a sua unidade.

Muito antes do dito congresso, constatamos um silêncio da parte da direcçâo cessante que por sua vez preferiu évitar qualquer contacto conosco como Secçâo do Partido em França. Preferindo estabelecer relaçôes com um grupo de indivíduos fora da nossa Secçâo em França cujo o Présidente é o camarada Jorge Albino Monteiro.

Nâo compréendemos essa atitude de camarada Domingos Simôes Pereira e seus amigos que nôs acolhemos em França, protegemos, acompanhamos e orientamos  com os nossos sacrifícios pessoais e familiares para os seus sucessos no congresso de Cachéu e nas eleiçôes de 2014. Estamos a analisar a situaçâo para ver a falha e o que se passou de concreto para que haja uma atitude dessa.

Houve uma total inversâo dos valores do Partido, tirando toda a legitimidade aos dirigentes que organizaram este congresso travestindo a verdade e as regras do funcionamento do Partido, violando flagrantemente os estatutos do Partido.

Hoje, nôs militantes de base do Partido, nâo podemos aceitar que alguém conduza o Partido à explosâo ou ao seu desaparecimento na cena nacional. O debate e o voto pertencem aos militantes.

Estamos comprometidos à trazer a Paz efectiva no Partido e na Guiné, criando as bases de uma segurança garantida para todos no pais. Porque o vocabulário de guerra permanente e o desejo de destruir os outros nâo pode continuar a ser regra, no funcionamento interno do PAIGC.

Pensar nos horrores de uns sobre os outros, nas ameaças e tentativas de humiliaçâo dos camaradas nâo faz parte do pensamento politico do PAIGC e falar a verdade que refere as preocupaçôes das pessoas é o que nos interessa.

Todos os militantes vitimas de exclusâo pela direcçâo cessante do PAIGC podem ter a certeza que o 9° congresso ordinário do Partido será realizado para tirar o partido e o país dos caos. 

Os militantes e  cidadãos guinéenses precisam ver sua esperança alcançada e garantida pelos valores do Partido e da Naçâo.Temos uma grande capacidade de debate politica entre militantes do Partido. Este Congresso vai permitir que todos os militantes privados de seus direitos, de se reintegrar, exprimir e votar.  

Precisamos de um Congresso de militantes, para militantes e pelos militantes para depois projetarem  a construção do nosso Partido e a nossa Guine Bissau. Ninguém tem a autoridade de privar os militantes dos seus direitos à expressâo, à candidatura e voto no Partido, que fique claro.

Lille, dia 04 de março de 2018
1°- vice-Présidente 
CANTE Dembo

dokainternacionaldenunciante

FILHOS DE BAFATÁ INICIAM REABILITAÇÃO DE VIAS URBANAS DA CIDADE NATALÍCIA DE AMÍLCAR CABRAL

Os filhos da região de Bafatá (deputados e empresários), no leste do país, procederam ontem, sábado 03 de março 2018, ao lançamento oficial da obra de reabilitação das vias urbanas daquela que é considerada a segunda capital da Guiné-Bissau.

A cerimónia que marcou o início dos trabalhos de reabilitação dos troços de todas as vias urbanas da cidade natalícia do fundador das nacionalidades guineenses e cabo-verdiana, Amílcar Cabral, decorreu no bairro de “Ponta Nobo”, onde as vias estão num estado muito avançado de degradação. Mesmo neste período de seca as viaturas deparam-se com muitas dificuldades de circulação.

Os trabalhos de reabilitação dos troços em terra batida são custeados por naturais daquela região. Foi contratada uma empresa portuguesa, “RM Engenharia”, com experiência nesta área. A empresa vai reabilitar cerca de 30 quilómetros de troços, ou seja, todas as vias urbanas da cidade. Os custos das obras não foram revelados à imprensa nem pelos promotores da iniciativa, nem pela empresa portuguesa.

Braima Camará, empresário e deputado da Nação, disse aos jornalistas que é um orgulho para eles assumir a iniciativa de trabalhar para a terra que os viu nascer. Aproveitou a ocasião para agradecer à empresa que teve a coragem de aceitar o trabalho de desbloquear as vias que estão na fase avançado estado de degradação e torná-las transitáveis.

“Nós, na verdade, não temos dinheiro para pagar essas obras, de acordo com as condições que as empresas exigem para este tipo de trabalhos. Foi um ato de coragem e determinação que nos levou a tomar iniciativa de assumir os custos. Agradecemos à empresa e contamos com a colaboração de todos os filhos desta terra, que cada um dê a sua contribuição para que a empresa possa trabalhar à vontade”, assegurou.


O responsável da empresa, Rui Gonzalo, explicou na sua curta declaração que a sua empresa tem uma vasta experiência na reabilitação de vias urbanas em África, por isso aceitou o desafio. Acrescentou ainda que estão prontos para recuperar, nesta primeira fase, cerca de 30 quilómetros. Será um trabalho “muito bem” feito para permitir a circulação de viaturas.

Em representação dos moradores de “Ponta Nobo”, Abulai Darame, disse que estão muito satisfeitos pela iniciativa levada ao cabo pelos filhos da região, e que isso ajudará a tirar o bairro do isolamento.

“A nossa estrada nunca beneficiou de uma única obra de reabilitação desde a independência. Esta é a primeira vez que estamos a assistir isso. Para alguns habitantes desta zona, isso era impossível. Mas graças aos filhos desta terra, vimos hoje máquinas paradas para iniciar os trabalhos. Estamos todos contentes e agradecemos profundamente essa iniciativa dos nossos filhos, que vai reabilitar todas as vias da cidade”, explicou.

BOTCHE CANDÉ PROMETE “BARI MESSA” AO PAIGC NA PROVÍNCIA LESTE

A cerimónia de lançamento das obras foi antecedida por um comício popular no centro da cidade no “Monumento Amílcar Cabral” e reuniu milhares de pessoas provinientes de diferentes sectores que constituem aquela região.

O “Leão” do leste, nome pelo qual igualmente é conhecido pelos seus apoiantes políticos, disse durante o comício que daqui há dois meses irão transferir as suas residências para a cidade de Bafatá e deslocar-se todos os dias para vir trabalhar em Bissau, de forma a trabalhar afincadamente para levar os libertadores (PAIGC) à “bari messa” e mobilizar os eleitores para votarem contra o PAIGC e apostar nos seus projetos.

Botche Candé, ministro do Estado do Interior de governo demitido, assegurou que o grupo está determinado em continuar o trabalho ora iniciado para o bem-estar das populações. Acrescentou ainda que os filhos da região tiveram grande coragem para assumir os custos das obras.

“Devemos lembrar que nas últimas eleições legislativas, a vitória do PAIGC custou sangue nas costas das nossas mães, da juventude e dos homens grandes. Todos trabalharam e muito duro para levar o partido à vitória. Infelizmente, hoje uma pessoa tomou a iniciativa expulsar aquelas pessoas do partido”, espelhou o político, que entretanto confirmou que o seu grupo [os 15] está e estará disponível para trabalhar duro nas eleições legislativas, a fim derrotar o PAIGC na província leste, sul e norte.

Criticou duramente a liderança da direcção cessante do PAIGC que expulsou elementos do partido e engajou-se a realizar o IX Congresso Ordinário apenas com uma única lista para eleger novos órgãos.

No entanto, aproveitou a ocasião para informar os populares que o Presidente da República tomará o compromisso de presidir, este ano, abertura da campanha de cajú, como também usará a sua influência para que o produto seja comprado a bom preço.

Empresário e igualmente deputado da Nação, Braima Camará disse que a iniciativa assumida pelos filhos de Bafatá servirá de inspiração para os filhos de outras regiões do país, que passarão a comprometer-se com meios próprios para ajudar no desenvolvimento das terras que os viram nascer.

“Essa iniciativa não é de Braima Camará, Botche Candé ou Soares Sambú, mas de todos os filhos e amigos da região de Bafatá. Desde a independência até a data presente não conseguimos ter as estradas em condições e no período da chuva é difícil a circulação de pessoas nesta cidade, nem de bicicleta e muito menos em viaturas. Há zonas que ficam intransitáveis na época da chuva, por isso voltamos como emigrantes que vão buscar e que voltam para investir na sua terra. É isso que estamos a fazer, para o bem da nossa região”, contou.

Lembrou ainda que já fizeram grandes investimentos na capital Bissau e que é chegada a hora de voltar para ajudar a sua região.

“Os filhos de Bafatá voltaram para ajudar Bafatá – ‘Fidju di tchon, riba si tchon’. Rogamos a Deus que nos ajude neste sentido. Tomámos essa iniciativa para ajudar o governo que se mostrou impotente face aos problemas e as dificuldades do país. Contamos com os apoios dos nossos amigos nos diferentes cantos do mundo. Vamos trabalhar para que, antes do início da chuva, possamos instalar uma fábrica de gelo que terá uma capacidade para produzir gelo de qualidade e vendê-lo ao país todo”, assegurou o empresário. 

Por: Assana Sambú

Foto: A.S

OdemocrataGB 

A expressão popular falou mais alto que os interesses pessoais do DSP e da sua equipa de claqueiros esfomeados e miseráveis, obrigando assim a mais um fiasco nesta manifestação inventada e maldosa..

A união faz a força, e esta é a única forma de derrotar e decapitar ao DSP, visto que o mesmo até aqui apenas tem usado a táctica do dividir para melhor reinar.

O apelo desta equipa vai em direção ao Leão de Leste ( Botché Candé ), ao Fenómeno e Guerreiro Politico (Bá Kekuto), ao grande Cabeça e Estratega ( Soares Sambu ), ao Destemido e decisivo Marciano Silva Barbeiro, Abel Gomes da Silva, enfim, um apelo a todos que fazem parte deste processo injusto apenas por defenderem aos interesses do povo.  Recordem e vejam os factos que se encontram no terreno.

O DSP para ganhar um processo, uma causa, é na base de mentiras, dinheiro e trafulhices. No entanto, sabemos que DSP por si só jamais teria a capacidade de fazer o que fez se não existissem mãos ocultas por trás e interesses estrangeiros para tirar as riquezas dos guineenses.

Vejamos, DSP sem os 15 jamais poderá ganhar estas eleições, DSP não tem base nenhuma para concorrer as próximas eleições. O que se esta vendo actualmente na Guiné Bissau é algo aberrante e assustador.

1º A manipulação da justiça em defesa da mentira .

2º A corrupção generalizada na esfera Judicial???

3º A impunidade dos diversos tipos de criminosos.

4º A falta de capacidade e actualização dos nossos magistrados???

5º A vergonha que se assiste na nossa ANP.

6º Hoje a justiça guineense é considerada a mais perigosa do mundo e a mais podre de todas.

7º A maior doença até hoje detetado na Guiné Bissau, chama- se  CORRUPÇÃO.

Pois bem, foi devido a esta luta que originou todo este impasse na nossa terra, porque se estes elementos dos 15 não se tivessem posicionado pondo em causa as suas vidas em defesa dos interesses do povo, hoje o DSP teria ou seria um pequeno HITLER mas no formato guineense.

O apelo da equipa do Doka Internacional vai no sentido de se apostar mais na comunicação social a fim de fazer frente e desmascarar a este homem.

dokainternacionaldenunciante.blogspot.sn 

A MARCHA DO MEDO: O MCCI VENCEU PORQUE AS SANÇÕES EXISTEM E RESISTEM A TUDO O RESTO! ABAIXO A CANALHA!!!

Fonte: ditaduraeconsenso


Momento da entrega de uma carta aberta ao representante da CEDEAO, Blaise Diplo. A MARCHA DO MEDO...As sanções EXISTEM e o MCCI e os democratas guineenses VENCERAM! Vivam as sanções da CEDEAO - mas tem de ser alargada


ULTIMA HORA - O FIASCO DA MARCHA ORGANIZADA ESTE DOMINGO EM BISSAU POR DSP. É A VERGONHA DE TODAS AS VERGONHAS.


A EQUIPA DO DOKA INTERNACIONAL NO TERRENO E MOSTRANDO AO MUNDO O QUE ESTA SENDO A DERROTA PSICOLÓGICA DE DSP.   COM TANTA PROPAGANDA, COM TANTA MENTIRA E DESINFORMAÇÃO, APENAS ISTO??? 

CUIDADO PORQUE " PUBIS KA BURRO ". CENTO E TAL PESSOAS NUMA MANIFESTAÇÃO EM APOIO E SOLIDARIEDADE PARA COM COM A CEDEAO???  CREDO, ANTA DSP DISSIL CABA!


dokainternacionaldenunciante

“Se você nasceu pobre, a culpa não é a sua. Agora, se você morrer pobre, a culpa definitivamente é sua.” - Bill Gates


Achei Curioso


OPINIÃO: SÓ O SUPREMO TRIBUNAL TEM COMPETÊNCIAS PARA ANULAR UM CONGRESSO E ANUNCIAR QUEM VAI OU NÃO AS ELEIÇÕES ???

Fonte: Guineendade.blogspot.sn


O congresso do PAIGC continua a roer o coração do falecido grupo mais famoso da BANDIDAGEM.?? Como perderam em todas as frentes agora a estratégia é fazer tudo por tudo para que a maior instituição política do país não participe nas próximas eleições porque a vitória será retumbante como de facto vai ser.

A única instituição que tem competência para anular um congresso ou anunciar quem vai ou não as eleições é o SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA.?? Os tribunais de primeira instância podem continuar a ser corrompidos mas não  terão forças para qualquer decisão contrária. !!! Neste momento foi resgatado o PAIGC de Cabral que estava há muitos anos adormecido.??? A vitória do PAIGC é inquestionável nas próximas eleições.😶😶😶

ATENÇÃO ENGENHEIRO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA!


PAIGC está a ser alvo de uma das mais fortes ofensivas desde há independência Nacional. No fundo o que os poderes dominantes não toleram é a existência de um partido com identidade de classe própria – partido da classe operária e de todos os trabalhadores – com o objectivo de transformação da sociedade, com princípios de funcionamento que criam, simultaneamente, possibilidades de ampla participação dos militantes e consistência e solidez de intervenção, dependente apenas das suas próprias forças e, por isso, independente na definição da sua política, propostas e intervenção. 

Um partido ainda mais necessário aos trabalhadores, ao povo e ao país no actual quadro de uma situação nacional e internacional difícil. É este partido que não toleram que exista, com a força e a influência que tem, independentemente de deficiências e insuficiências, tornando-o alvo de uma ofensiva fortíssima, com a contribuição destacada de alguns membros do Partido, que comandam uma acção fraccionista, procurando instrumentalizar preocupações de muitos Militantes e simpatizantes!

A coesão do Partido é um elemento fundamental sem o qual toda a intervenção e força do Partido é afectada e, por isso, é necessário abordar algumas questões que sobre ela se colocam.

O PAIGC tem princípios de funcionamento elaborados e assumidos democraticamente pelo colectivo partidário. Cada pessoa quando decide aderir ao Partido, acto livre e voluntário, assume um conjunto de direitos e deveres que, com os objectivos de luta, são um compromisso fundamental inerente à condição de membro do Partido. 

A organização do Partido baseada no funcionamento decidido colectivamente faz a diferença entre um conjunto de indivíduos atomizados e dispersos e uma força organizada, composta por militantes com as suas opiniões próprias mas unidos na aplicação das orientações resultantes do apuramento colectivo e actuando segundo regras com que todos voluntariamente se comprometeram. 

A organização e os princípios de funcionamento são pilares essenciais da força do Partido, elementos base para a sua intervenção, a sua ligação às massas, o alargamento da sua influência, mas também, e em primeiro lugar, como elementos agregadores dos militantes do Partido.

É natural que um membro do Partido que mudou o seu pensamento e em questões fundamentais se deixe de identificar com os objectivos, orientações e princípios do Partido possa entender sair do Partido, acto tão livre e voluntário como o da adesão. Como é natural que um membro do Partido, mantendo discordâncias em questões importantes, se mantenha no Partido, actuando no quadro dos Estatutos e do Programa, condição para ser membro do Partido. 

O que não é partidária e eticamente aceitável é que membros do Partido rompam com compromissos fundamentais inerentes à qualidade de membro do Partido e persistam em promover, além de campanhas públicas para o denegrir, uma acção interna de desagregação da organização e do funcionamento partidários. 

É isso que tem acontecido com a promoção de acções só possíveis com trabalho organizado em confronto com os princípios de funcionamento partidário, a definição de posicionamentos políticos próprios de grupo, a gestão de porta-vozes, o desenvolvimento de acções e iniciativas concertadas, à margem das orientações e dos métodos de funcionamento partidário, voltadas para o interior e o exterior do Partido.

Há mesmo quem, tendo-se objectivamente colocado fora do Partido, continue a evocar a qualidade de membro do Partido não porque esteja preocupado com o reforço do PAIGC como é elementar para quem adere a um projecto colectivo e nele se quer manter, mas porque entende que a sua continuação como membro do Partido, actuando como se já não o fosse, constitui a melhor forma de o prejudicar e debilitar. 

Tais actuações só podem contribuir para enfraquecer o Partido e representam uma efectiva ruptura e auto-exclusão dos deveres, dos laços de lealdade, fraternidade e solidariedade devidos ao Partido e a todos os seus membros.

Uma coisa é o direito de opinião de cada membro do Partido, no respeito pela opinião dos outros e do funcionamento democrático do Partido, direito que deve ser estimulado e assegurado, como todos os direitos e deveres dos membros do Partido no âmbito da democracia interna. Outra coisa é um género de direito à promoção da desagregação do Partido que alguns promotores do processo em curso querem garantir para si próprios ao mesmo tempo que pretendem que o Partido se resigne a tal caminho. Não é aceitável. 

O caminho para o fortalecimento do PAIGC, partindo da força que tem, vencendo atrasos e insuficiências, privilegiando sempre o debate das ideias, passa necessariamente pela afirmação dos seus princípios de funcionamento e pela reprovação e ultrapassagem das práticas que os atropelam. Não pode fortalecer-se um partido que se deixe desgastar por uma continuada acção antidemocrática de arrogante afronta ao colectivo partidário e aos princípios de funcionamento que democraticamente decidiu.

A batalha política e ideológica pela coesão do Partido é assim um elemento fundamental para o seu fortalecimento, inseparável da definição e realização do movimento geral de reforço da organização partidária, aos vários níveis, concretizando as orientações do Nono Congresso que a situação impõe. 

Esta acção geral de reforço do Partido passa por várias linhas de trabalho entre as quais se incluem: a adopção de medidas de direcção, de quadros e financeiras; a realização de Assembleias das Organizações, nomeadamente das organizações de base; a passagem a uma nova fase na acção do Partido junto da classe empresarial e dos trabalhadores, associando este trabalho à intervenção e mobilização em torno dos problemas decorrentes da situação social e da política do governo da esquerda e iniciando a preparação do Encontro Nacional do PAIGC sobre a problemática da acção do Partido para com o seus militantes e simpatizantes o desenvolvimento da nossa acção junto da juventude e estabelecimento de planos de trabalho para a acção junto dos intelectuais e dos quadros técnicos, a intensificação da acção de recrutamento, para o Partido, dando seguimento à campanha de recrutamento, cujos resultados mostram que é possível trazer muitos mais membros ao Partido, designadamente jovens e ao mesmo tempo promover a sua integração e responsabilização; a responsabilização de quadros aos vários níveis, dando particular atenção à chamada de jovens a novas responsabilidades; a aceleração da acção de esclarecimento da situação dos membros do Partido, encontrando formas diversificadas de integração, participação, contacto e informação; a associação das várias linhas de reforço da organização partidária a um estilo de trabalho que centre a atenção das organizações na análise e intervenção sobre os problemas dos trabalhadores, das populações, das áreas em que actuam.

Só assim podemos garantir uma reaproximação construtivo e estável do PAIGC ao seu povo!

Fonte: PAIGC De imortal Amílcar Lopes Cabral