Actualmente fora de Bissau por razões de segurança, Mutaro Djaló foi exonerado das suas funções no ministério do Interior a 9 de novembro na sequência da repressão policial contra uma manifestação pacífica de alunos que exigia o m das greves dos professores.
Mutaro Djaló armou publicamente não ter sido ele o autor da ordem à Polícia de Ordem Pública para reprimir a manifestação, declarações essas que levaram o Governo guineense a pedir a abertura de uma Comissão de Inquérito para apuramento dos factos.
De acordo com fontes ligadas ao executivo do Primeiro Ministro Aristides Gomes Mutaro Djaló mostrou-se disponível para colaborar, mas na condição de ter a protecção da ECOMIB.
“Mutaro pretende fazer revelações não só sobre o caso da repressão, mas também apresentar provas de acções de corrupção e ilegalidades de altas guras do Estado guineense, cujo combate pelo próprio Ministro terão estado na base para o seu afastamento”, esclareceram as fontes contactadas pela e-Global.
A exoneração de Mutaro Djaló foi decidida directamente pelo Presidente da República José Mário Vaz, que na altura se manifestou “chocado” com a atitude da polícia na repressão aos jovens manifestantes. Nos três anos anteriores à sua exoneração, Mutaro Djaló foi apontado como um dos elementos de maior conança quer do Presidente da República, José Mário Vaz, quer do conselheiro presidencial para as áreas de Segurança e Defesa Botche Candé, fazendo parte do círculo mais restrito de ambos.
A delegação da CEDEAO em Bissau escusou-se a comentar a exigência de Mutaro Djaló, conrmando apenas a recepção do pedido de protecção ao exGovernante pela ECOMIB.
No entanto, não existe ainda qualquer decisão final. Desde a exoneração de Mutaro Djaló, o cargo de Ministro do Interior não foi ocupando, sendo as funções desempenhadas interinamente pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Butiam Có, com o apoio directo do Conselheiro da Presidência Botche Candé.
Notabanca; 03.12.2018
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