sábado, 17 de novembro de 2018

Uma nação que se contenta com migalhas

Por Secuna Baldé

No novo acordo de pesca, a UE pagará à Guiné-Bissau 15,6 milhões de euros anuais durante cinco anos. Permitindo, assim que navios de Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França pesquem em águas guineenses: atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e espécies demersais (linguados e garoupas).

No anterior acordo, que expirou em novembro de 2017, a Guiné-Bissau recebia 9,5 milhões de euros anuais.

Pode-se dizer que houve um aumento considerável...será?!

Ora vejamos, 
Ao Senegal a União Europeia paga pelo acordo de pesca 939 mil dólares nas operações de supervisão das águas territoriais senegalesas para combater a pesca ilegal e promover a cooperação científica no setor da pesca. Autorizando apenas 38 navios a operar nas águas territoriais.

À Mauritânia, a União Europeia paga 110 Milhões para que 100 navios europeus tenham a licença que os autorizam a operar nas águas territoriais.

Os guineenses mais atentos devem estar se perguntando:
Quantos barcos terão permissão para pescar nos nossos mares?
Porque pagam menos à Guiné-Bissau e pescam mais espécies?
Se é a própria UE que ajuda na fiscalização do nosso mar territorial, quem garantirá que eles pescarão as espécies e a quantidade acordada? Ou melhor dizendo: Como é possível o fiscal se fiscalizar?
Porque é que um governo designado especificamente para realizar as eleições legislativas se preocupa em assinar acordos dessa magnitude?
Porque não paramos de nos apequenar!?

1 comentário:

  1. As questöes levantadas aqui säo pertinentes. E, seria bom se algum conhecedor da matéria podia explicar quais os elementos que foram tomados ou que devem ser tomados em conta, e quais os elementos tem Guiné para desequilibrar a balança nesse processo.
    Porque, opinar sem ter informaçöes, limita os possíveis análises que deviam ser feitos antes dar a opiniäo.

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