sábado, 15 de setembro de 2018

Reajuste salarial: CENTRAL SINDICAL AMEAÇA PARALIZAR ADMINISTRAÇÃO PÚBICA GUINEENSE DURANTE 40 DIAS

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, (UNTG) ameaçou esta sexta-feira, 14 de setemebro 2018, ‘paralizar’ a administração púbica guineense durante 40 (quarenta) dias, caso o Governo não cumpra com a aplicação da nova grelha salarial até próximo dia 23 de Setembro deste ano.

A posição da maior central sindical do país, foi tornada pública pelo seu Secretário-geral, Júlio Mendonça numa conferência de imprensa promovida na sua sede em Bissau, com objetivo de informar os funcionários públicos sobre o andamento do progresso de reajuste salarial acordado com o Executivo de Aristides Gomes no passado dia 01 de Agosto de 2018.

A aplicação da nova grelha salarial, acordado entre o Governo e a UNTG sob uma mediação da Assembleia Nacional Popular, estava prevista para em entrar em efetividade neste mês de Setembro, mas ainda os operários da função pública guineense não começaram a usufruir do aumento salarial, que fixa o ordenado mínimo em 50.000 (cinqüenta mil) francos CFA.

Apesar de tranquilizar os trabalhadores da administração pública que a UNTG recebeu hoje as garantias do Governo de que o reajuste acontecerá ainda neste mês de Setembro, Mendonça espera que seja  realmente mês de ‘setembro vitorioso’. Sustenta ainda exigência da aplicação da nova grelha salarial no decreto presidencial Número 1/2017.

Mendonça pediu a serenidade dos trabalhadores, assim como exortou ao Governo para se engajar no sentido de concluir os trabalhos e consequente aplicação de reajuste salarial antes do dia 23 de Setembro, acrescentado ainda que aplicação da nova grelha salarial irá dignificar os trabalhadores públicos, assim como o próprio Executivo de Aristides Gomes.

Por outro lado, Júlio Mendonça ressalvou que o reajuste salarial terá reflexo positivo para todos os partidos políticos representados na Assembleia Nacional Popular (ANP) tendo sublinhado que todos estão representados no atual Governo.

“Se isso não acontecer, voltaremos a carga com as greves até quando os técnicos do ministério da economia e finanças terminarem os trabalhos. Mas esperamos que tudo corra bem, porque há condições objetivas para tal”, garante Júlio Mendonça. Acrescentou que não faz sentido pensar na realização das eleições sem aplicar a nova grelha salarial.

De acordo com o líder sindical, os técnicos do Ministério da Economia e Finanças sob o comando de Aristides Gomes, estão a finalizar os trabalhos para aplicação de reajuste salarial.

“Avisamos aqui aos governantes de que, se entramos para as novas vagas de greve só voltaremos a trabalhar, quando a dinheiro, ou seja, com a aplicação da nova grelha salarial “, ameaça.

UNTG promete no futuro fazer uma campanha de sensibilização junto dos servidores públicos, no sentido de aumentarem o performance de suas produções para que sejam dignificados pelo Estado da Guiné-Bissau. 

Por: Sene CAMARÁ

Foto: @rquivo

OdemocrataGB 

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