sexta-feira, 3 de agosto de 2018

ASSINALA-SE HOJE 59° ANIVERSARIO DE MASSAGRE DE PINJIGUITI DE 3 DE AGOSTO DE 1959

Hoje completam 59 anos, que os trabalhadores do porto de pinjiguiti, em Bissau, foram brutalmente massacrados pelas autoridades coloniais portugueses, registando-se cerca de 50 mortos e uma centena de feridos.


A 3 de agosto de 1959, os marinheiros e estivadores do Porto de pinjiguiti, em Bissau, ao serviço da então poderosa Casa Gouveia, revoltaram-se e exigiram melhores condições de trabalho e um aumento do salario.

Foi aí que o poder colonial português mostrou que não estava para ser intimidado. Dá-se o massacre de 3 de agosto, em que polícias, cabo do mar e outras forças que se armaram no momento disparam sobre os homens que reivindicavam apenas um pouco mais de dignidade.

O resultado de massacre foi desastroso, causando cerca de 50 mortos e uma centena de feridos.

O tal acto de barbaridade, mostrou claro que, Salazar nunca iria aceitar uma autonomia administrativa. Era preciso então dar início à luta armada. Era preciso sair dos centros urbanos controlados pelos portugueses. Era preciso formar e armar uma guerrilha.

Foi isso que impulsionou a determinação dos nacionalistas e quadros guineenses em criar PAI (Partido Africano para Independência) que se transformou em PAIGC (Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde).

O massacre foi ponto crucial para desencadear a luta armada em 1963, que resultou na conquista da independência da Guiné-Bissau em 1973 e Cabo-Verde em 1975.

Em homenagem das vitimas desse massacre, foi construida uma escultura (uma mão fechada) no porto de pinjiguiti, denominada “Mão de Timba”, que significa mão de caloteiro ou pessoa que contrai dívidas e não tenciona pagá-las.

Bissau On-line

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