O presidente do Sindicato da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), disse na segunda-feira (12.03) que vai avançar ainda nesta semana com uma ação judicial no tribunal contra a direção do órgão, reivindicando a sua reintegração na TGB.
Francisco Indeque, foi impedido de exercer as suas funções de operador de câmara na estação pública, desde o mês de Dezembro de 2017, por ordens do diretor-geral da TGB, Daniel Barros, com uma guia de marcha, que lhe mandou ir para Presidência da República como assessor de imprensa.
Convidado pela Rádio Jovem analisar a sua suspensão, Indeque lamenta o silêncio do ministro da comunicação social sobre assunto e prometeu responsabilizar o diretor da televisão pela sua situação.
“Já passaram quatro meses desde que fui suspenso das minhas funções, apesar das várias iniciativas da minha parte para voltar a trabalhar. Perante o cenário decidi que vou avançar esta semana com uma ação judicial no tribunal contra a direção da televisão, principalmente na pessoa do diretor, porque foi ele que assinou a minha suspensão”, argumentou Indeque.
O líder sindical, referiu que na carta que dirigiu ao ministro da comunicação, Victor Pereira, fez lembrar ao governante que mesmo tivesse cometido o crime, ele devia ter oportunidade de ser ouvido, uma situação que nunca aconteceu.
Embora reconhece que ainda continua a receber salário na Presidência da República, apesar de trabalhar na TGB, onde é funcionário, o líder sindical revela também que existem três funcionários do ministério da comunicação social nas mesmas condições.
Francisco Indeque, afirma que não existe nada de irregularidade neste processo. Contudo revela que a responsabilidade de fazer cumprir a lei é da instituição e não da pessoa.
“Relativamente a questão da presidência da república, tem três funcionários do ministério da comunicação social nesta situação, um está na Rádio Difusão Nacional (RDN), eu e mais uma colega da televisão, mas se o diretor acha que está a ser cometido uma irregularidade, não é só a mim que está a cometer esta anormalidade. Por isso, demonstra claramente que não existe nada de irregularidade neste processo, porque conhece bem o processo administrativo”, vincou Indeque.
O operador de câmara na estação pública entende que não pode continuar a ser perseguido sobre um processo infundado pela direção do órgão. Indeque funcionário da única televisão na Guiné-Bissau há mais de 30 anos, diz também que já informou ao novo primeiro-ministro, Artur Silva sobre a sua suspensão, mas até agora não obteve a resposta da parte do gabinete de Silva.
De recordar que o sindicalista que também lidera a confederação de sindicatos dos outros órgãos de comunicação social públicos guineense que nos tempos exigiu o governo melhorias de condições de trabalho, que culminou na aquisição de viaturas e equipamentos de trabalhos.
Para além de melhorias de condições de trabalho, Francisco Indeque ainda tem exigido o fim da censura na estação pública guineense. Indeque criticou a forma como são feitas as coberturas de produção de notícias.
Por: Alison Cabral
radiojovem.info
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