sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Partidos com assento parlamentar recusam integrar Governo na Guiné-Bissau

Os partidos com assento no Parlamento da Guiné-Bissau e o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC comunicaram ao primeiro-ministro indigitado, Artur Silva, a sua indisponibilidade para entrar para o seu governo.


Em cartas dirigidas à Artur Silva, a que a Lusa teve hoje acesso, o Partido da Nova Democracia (PND), assim como o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), anunciaram que não pretendem integrar o futuro governo.

O PAIGC, a União para Mudança (UM), o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido da Convergência Democrática (PCD) já tinham tornado pública a mesma posição.

O próximo governo deveria ser formado entre as cinco formações políticas representadas no parlamento e o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, conforme recomenda o Acordo de Conacri, instrumento proposto pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Tanto os partidos como o grupo dos deputados dissidentes do PAIGC declinaram o convite de Artur Silva alegando que a indicação daquele ocorreu fora do quadro do Acordo de Conacri, apoiado por toda comunidade internacional, como sendo único meio de acabar com o impasse político na Guiné-Bissau.

Artur Silva tem estado em contactos diretos com os lideres dos cinco partidos bem como com a coordenação do também designado grupo dos 15 com vista a formação do próximo governo que teria como missão principal a organização e realização das eleições legislativas ainda este ano.

O primeiro-ministro indigitado tem-se deslocado às sedes partidárias depois de ter enviado cartas, indicou o próprio aos jornalistas.

MB // EL
Lusa/Fim

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