sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Matosinhos testa no terreno como vão ser as cidades do futuro António Freitas de Sousa

As cidades inteligentes já são uma realidade, pelo menos em termos tecnológicos. Com mais 18 parceiros, a autarquia vai promover a sua experimentação em tempo real. E com pessoas a sério lá dentro.


Candeeiros que medem emissões de carbono, pavimento que reduz a velocidade de circulação sem intervenção do condutor, a partilha de bicicletas ligada ao sistema de transportes públicos, contabilização em tempo real das emissões de CO2 poupadas com a mobilidade inteligente e uma casa coberta de painéis solares que acompanham o movimento do sol e que armazena energia – são algumas soluções tecnológicas que serão postas em prática no âmbito do projeto ‘Living Lab’ de Matosinhos, cuja fase de implementação acaba de ser selecionada para financiamento pelo Ministério do Ambiente.

Desenvolvido em parceria pela Câmara Municipal de Matosinhos e pelo CEiiA, Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, o ‘Living Lab’ pretende, como anuncia a autarquia em comunicado oficial, “criar no centro da cidade de Matosinhos um bairro inteligente, de baixo carbono, resiliente, acessível, participado e conectado, onde serão testadas, demonstradas e postas em prática, em contexto real, soluções tecnológicas, organizacionais e sociais integradas e orientadas para a descarbonização da cidade”. O projeto terá impacto em áreas como a mobilidade, a energia, o ambiente, o urbanismo e a conectividade.

A execução do projeto, correspondente à segunda fase do programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização, “será parcialmente financiada pelo Fundo Ambiental, tendo Matosinhos ficado classificado no terceiro lugar do concurso promovido pelo Ministério do Ambiente. O financiamento do Estado, de 500 mil euros, prevê um prazo de implementação e validação de soluções de até um ano”.

Mas, segundo a autarquia, os parceiros do ‘Living Lab’ – mais de 18, entre os quais se contam o Porto de Leixões, a Efacec, o Metro do Porto, a STCP e a Universidade do Porto – concordaram em alargar a adoção destas soluções até três anos.

O projeto tem como principais objetivos “reduzir as emissões de carbono e a intensidade carbónica das atividades que se desenvolvem na cidade, diminuindo o consumo de energia e promovendo a mobilidade urbana sustentável”. As tecnologias testadas poderão depois ser alargadas ao restante espaço urbano.

Os parceiros associados são, para além do CEiiA, as empresas Casas em Movimento, Biciway, DataRede, JCDecaux, Efacec Electric Mobility, Follow Inspiration, Bandora Systems, Revolution Answer, Omniflow, Pavnext, Philips Lighting, Politécnico do Porto – Instituto Superior de Contabilidade e Administração, STCP, APDL, Associação Empresarial do Concelho de Matosinhos, Associação de Restaurantes de Matosinhos e Metro do Porto.

jornaleconomico.sapo.pt

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