terça-feira, 24 de outubro de 2017

Moeda única na África Ocidental só depois de 2020

A moeda única na África Ocidental só será uma realidade depois de 2020, contrariamente ao que estava previsto, assumiu hoje, em Niamey, o presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).


Segundo Marcel de Sousa, que discursava na sessão de abertura da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização oeste-africana, que decorre na capital do Niger, apesar dos progressos na convergência macroeconómica dos 15 Estados membros da CEDEAO, os resultados até agora obtidos são "escassos", pelo que não será possível ter a moeda única antes de 2020.

As discussões da cimeira de Niamey passam sobretudo por um balanço dos 30 anos do lançamento da ideia de criação de uma moeda única na África Ocidental, de que fazem parte Cabo Verde e a Guiné-Bissau.

Presentes na abertura dos trabalhos estiveram os presidentes anfitrião, o nigerino Mahamadou Issoufou, marfinense, Alassane Ouattara, ganês, Nana Akuf Ado, nigeriano, Muhammadu Buhari, e togolês, Faure Gnassingbé, em que o ECO, o nome já adotado, está no centro das discussões.

Em 2013, os então presidentes do Níger e do Gana foram mandatados para "coordenar" a marcha com destino à moeda única na sub-região ocidental de África, tendo, no ano seguinte, sido criada uma "task force" para implementar a ideia antes de 2020.

Mas, segundo Marcel de Souza, falharam, para já, os quatro objetivos então fixados, não tendo qualquer dos 15 países cumprido ou respeitado os critérios da primeira meta do programa, o da convergência macroeconómica.

A harmonização das políticas monetárias entre as oito moedas existentes na zona da CEDEAO, que deveria preceder a moeda única, "não está feita", sublinhou Marcel de Souza, lembrando ainda que o Instituto Monetário, prelúdio de um banco central comum, também não viu a luz do dia.

O presidente da Comissão da CEDEAO indicou terem sido já apresentadas quatro propostas para acelerar o nascimento da moeda única, mas ainda não foi debatida qualquer calendarização das medidas.

No entanto, Issoufou, presidente do Níger, sugeriu a entrada em circulação, a partir de 2020, de uma moeda única no seio dos 15 países da CEDEAO, estados que considerou estarem "tecnicamente prontos" para avançar seguindo o modelo europeu do Euro.

"A adesão dos outros Estados poderia fazer-se, depois, à medida que estivessem prontos", acrescentou o chefe de Estado nigerino, manifestando-se preocupado por os atrasos poderem instalar entre as populações oeste-africanas um clima de ceticismo em relação à criação da moeda única.

Criada em 1975, a CEDEAO agrupa hoje 15 países e totaliza mais de 300 milhões de habitantes, que utilizam oito moedas diferentes.

Oito desses países, entre eles a Guiné-Bissau, utilizam o Franco da Comunidade Financeira Africana (Franco CFA), cuja paridade e convertibilidade é assegurada pelo Tesouro francês, via Euro, e estão congregados na União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA - Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo)

Os restantes sete países da organização oeste-africana dispõem cada um da sua moeda, que não é convertível entre elas próprias: escudo (Cabo Verde), dalasi (Gâmbia), cedi (Gana), franco guineense (Guiné-Conacri), dólar liberiano (Libéria), naira (Nigéria) e leão (Serra Leoa).

Dn.pt

Presidente da federação de futebol da Guiné-Bissau em conferência de imprensa


Na Guiné-Bissau depois de seis adiamentos por falta de comparência de Manuel Nascimento Lopes, "Manelinho", que é o presidente da federação guineense de futebol, o tribunal regional da capital iniciou hoje o julgamento do dirigente desportivo que é acusado de agressão e lesões corporais a um cidadão idoso.

O caso remonta a 2011 e só agora vai ao julgamento depois de Manelinho ter sido detido, ontem, pela policia judiciaria em cumprimento da ordem do tribunal.

O julgamento de Manuel Nascimento Lopes, Manelinho, preencheu a actualidade informativa esta terça-feira na Guiné-Bissau, com dezenas de pessoas a afluírem ao Tribunal Regional de Bissau, lotando por completo a sala para acompanhar ao vivo a sessão.

Conduzido sob custódia das celas da polícia judiciária onde passou a noite de segunda para terça-feira para a sala do julgamento, "Manelinho" como é conhecido, chegou tranquilo e sentou-se no banco dos réus, mas não respondeu às questões da juíza titular do caso.

O advogado que o acompanhava, um estagiário, apenas disse que o dirigente federativo poderia responder na presença do seu representante legal, o advogado Basilio Sanca, que é também o bastonário dos advogados da Guiné-Bissau.

Basílio Sanca encontra-se em viagem no estrangeiro.

A sessão do julgamento que acabou por ser preenchida apenas com apresentações dos factos por parte do agredido e do seu advogado, foi interrompida, quase três horas depois, para ser retomada no próximo dia 03 de novembro.

Mas, até lá, o tribunal decidiu aplicar algumas medidas de coacção a "Manelinho": Apresentação no tribunal duas vezes por semana, impedimento de viajar e retenção do passaporte.

RFI.

NB: Manuel Irénio Nascimento Lopes está a ser ouvido no âmbito de um processo em que é tido como suspeito de agressão física contra o cidadão Francisco Silva Monteiro, desde 2006 na sequência de um desentendimento entre os dois.

Secas afetam alimentação de 81 milhões e condenam gerações à pobreza

As muitas secas que afetam atualmente o planeta destroem tal quantidade de alimentos que impedem 81 milhões de pessoas de comer diariamente, e têm efeitos inesperados que condenam à pobreza gerações inteiras, segundo um relatório hoje divulgado.


O caráter cada vez mais irregular das chuvas gera impactos ainda maiores que desastres naturais como inundações ou tsunamis, já que provocam "um sofrimento em câmara lenta", afirma-se no documento do Banco Mundial, que tem como título "Águas inexploradas: a nova economia da escassez e a variabilidade da água".

"Temos de compreender melhor os impactos da escassez de água, problema que se agravará ainda mais devido ao crescimento demográfico e às alterações climáticas", disse o diretor do Departamento de Práticas Mundiais da Água do Banco Mundial, Guangzhe Chen.

De acordo com o organismo, mais do que afetar diretamente a produção agrícola, as secas têm outras repercussões relevantes que não são tidas em conta.

Em zonas rurais de África, assinala-se por exemplo no documento, as mulheres que nascem em períodos de seca sofrem um atraso no desenvolvimento físico e mental.

Esse atraso leva a que sejam mais propensas a doenças, o que afeta o nível de educação e de progresso individual e leva a maior probabilidade de sofrerem de violência doméstica.

A falta de chuva afeta também gravemente as florestas do planeta, já que além de afetar os ecossistemas e facilitar a propagação de incêndios obriga os agricultores a expandir os terrenos de cultivo, destruindo mais área de floresta.

A indústria também é diretamente afetada pela falta de chuva, já que um simples corte de água pode reduzir o rendimento de uma empresa em 8%. Nas empresas informais as vendas podem diminuir até 35%.

"Os atuais métodos de gestão da água são desadequados para abordar o problema. Para fazer esta mudança fundamental é preciso um conjunto de políticas que incluam incentivos económicos", disse o economista principal do Departamento de Práticas Mundiais de Água do Banco Mundial, Richard Damania, o autor do relatório.

No documento são propostas várias medidas para fazer face ao problema, como a construção de infraestruturas para o armazenamento de água.

NAOM


Centro Cultural Francês na Guiné-Bissau acolhe Jornadas sobre corrupção “Ke Ku Nten ku Curupson?”


As Jornadas sobre corrupção na Guiné-Bissau “Ke Ku Nten ku Curupson?” vão decorrer no Centro Cultural Francês em Bissau, de 25 a 27 de outubro, num encontro aberto ao público. Para reafirmar o compromisso da União Europeia com a Democracia e os Direitos Humanos, durante setembro e outubro todas as Delegações da União Europeia têm …Ler mais

Campanha internacional para julgar Yahya Jammeh

Yahya Jammeh deixa Banjul com destino a Malabo a 21 de Janeiro 2017
REUTERS/Thierry Gouegnon

Lançada sábado em Banjul (21/10) uma campanha internacional para o julgamento por crimes de sangue e crimes económicos, cometidos pelo antigo Presidente da Gâmbia Yahya Jammeh refugiado na Guiné Equatorial desde Janeiro de 2017.

Reed Brody advogado da Human Rights Watch - HRW - ong de defesa de direitos humanos que integra esta campanha, acredita que à luz do que sucedeu com o antigo ditador chadiano Hissène Habré, condenado a prisao perpétua em Dakar, o julgamento de Yahya Jammeh é possível, mas será dificil.

A Guiné Equatorial é membro de pleno direito da CPLP e Reed Brody acredita que a pressão regional, internacional e "dos países mais democráticos  de língua portuguesa, poderá ajudar" a criar um tal consenso em torno da necessidade do seu julgamento, que obrigaria o Presidente Teodoro Obiang a extraditar Yahya Jammeh, porque negá-lo teria "um custo político elevado".

Jammeh poderia ser julgado num tribunal da CEDEAO ou de um país anglófono, mas com apoio e participação da União Africana, tal como sucedeu com Hissène Habré, pois admite que a Gâmbia não tem para já capacidade para fazê-lo.

A HRW que foi uma das grandes impulsionadoras da acção colectiva que resultou no julgamento em Dakar de Hissène Habré, recolheu testemunhos de vítimas do seu regime e agora do de Yahya Jammeh, acredita que estes têm "mais peso e não têm leituras geo-políticas".

Na campanha para julgar Yahya Jammeh, além da HRW participam a ong suiça Trial Internacional e associações de vítimas gambianas, mas também senegalesas e ganesas.

Neste momento na Gâmbia, uma comissão de inquérito está a ouvir as vítimas, cujos testemunhos são difundidos na televisão e redes sociais.

Por Isabel Pinto Machado
Pt.rfi.fr

MUNDO CELEBRA SETENTA E DOIS ANOS DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS


O mundo celebrou esta terça-feira (24 de Outubro) setenta e dois anos da criação da Organização das Nações Unidas. No país a data foi celebrada com uma exposição fotográfica sob o Lema: “Anos i Povo”, organizado pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

Na exposição que juntou escolas comunitárias, bancada os calibrados, a Chefe da Unidade de Informação Pública da UNIOGBIS, Júlia Galvão Alhinho, disse que convidaram os alunos e jovens das bancadas para se inteirarem dos trabalhos da Nações Unidas no país.

«A carta da ONU inicia com o lema: “ anós i povo de toda a nação do mundo não quer mais guerra” é uma oportunidade para convidar alunos da escolas comunitárias e jovens de bancadas para inteirar dos trabalhos da ONU e com a exposição dos trabalhos feitos no país, afirma», para depois realçar que «a situação do mundo torna cada dia mais difícil e chamou atenção ao mundo sobre conflitos, refugiados, mudanças climáticas».

Para os alunos a partilha desta exposição é uma experiencia que vai melhorar os seus conhecimentos sobre as realizações da ONU na Guiné-Bissau.

« Apartir de conhecimento adquirido sinto que os trabalhos da ONU é serio e passam para uma situação difícil principalmente da situação no sector politico.  Trabalho da ONU é importante e sem a presença deles, o mundo seria pior», conta participantes.

A exposição fotográfica enquadra-se sobre o trabalho da ONU no país, uma aula sobre a história da Organização e discussão com a equipe das Nações Unidas.

A Organização das Nações Unidas é uma organização internacional fundada em 1945, a Guiné-Bissau tornou-se membro de pleno direito das Nações Unidas em 17 de Setembro de 1974, nesse momento conta com 193 Estados membros

Em 1971 a Assembleia Geral adotou a Resolução 2782, que declarou que como feriado internacional, o dia das Nações Unidas e recomenda que seja observado como um feriado público por todos os estados-membros.

Por: Bíbia Mariza Pereira
Radiosolmansi

BISSAU ACOLHE 15º FÓRUM NUTRICIONAL DE CEDEAO

Iniciou hoje (24 de Outubro) em Bissau com duração de quatro dias 15º fórum nutricional da CEDEAO sobre tema “Vigilância Nutricional” para uma planificação e tomada de decisões baseadas em evidência sobre segurança alimental na África Ocidental.

O encontro de Bissau tem como objectivo a troca de experiência e discutir como financiar iniciativas nutricionais que afectam os países da CEDEAO.

Na abertura dos trabalhos, o ministro de Estado da Economia e Finanças, João Aladje Mamadu Fadia, destaca que uma boa nutrição é um motor fundamental para o desenvolvimento sustentável.

O evento sub-regional contou com presença do ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai , ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Malu, director-adjunto da Organização Oeste Africana de Saúde (OOAS) como também da União Africana.

O representante Residente das Nações Unidas David Garth em nome dos parceiros disse que é necessário mobilizar sobre o fenómeno da desnutrição na África ocidental que tem vindo a causar vários problemas a saúde das pessoas.

Sublinha que “mais de 28 milhões de crianças com menos de cinco anos não atingem todo o potencial devido a défices nutricional, em que cerca de 3 milhões deles sofrem desnutrição aguda em que correm alto risco de mortalidade que podia ser prevenida através de bom estado nutricional”.

Irina Monteiro Spencer Maia do ministério da Saúde de Cabo-verde ouvido pela Rádio Sol Mansi disse que a nutrição, em Cabo Verde, reveste-se de particular importância, atendendo, designadamente, à vulnerabilidade dos países membros da organização.

O evento sub-regional é organizado em cada dois anos sob a coordenação da Organização Oeste Africana de Saúde (OOAS) e constitui oportunidade para os actores, as redes de nutrição de 15 países membros da CEDEAO entre eles, Benim, Burkina Faso, Cabo-verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra-Leoa e Togo.

O Fórum de Bissau conta com o alto patrocínio do governo da Guiné-Bissau, da OOAS e outros parceiros nomeadamente: FAO, PAM, UNICEF, WHO e Nutrition International.

Por: Marcelino Iambi
Radiosolmansi

ESTUDO - Ciência descobre como é que o cérebro das mães reage ao choro de bebés

Estudo agora publicado revela que a resposta por parte das mães é idêntica um pouco por todo o mundo.



Cinco segundos. Este é o tempo que uma recém-mãe demora a responder ao choro de um filho, revela um estudo publicado recentemente na Proceedings of the National Academy of Sciences, que garante que a resposta das mães ao choro dos filhos é idêntica um pouco por todo o mundo.

Para a investigação do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano, conta a CNN, os cientistas analisaram o comportamento e a reação mental de 684 mães de 'primeira viagem' de 11 nacionalidades (Argentina, Bélgica, Brasil, Camarões, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Japão e Quénia) e concluíram que a grande maioria conversava com o bebé e mantinha-se ao pé dele quando este começava a soluçar com o choro. Os bebés do estudo tinham, em média, cinco meses e meio de vida.

A nível mental, as imagens obtidas através de ressonâncias magnéticas permitiram perceber que o choro do bebé é capaz de ativar no cérebro feminino as regiões relacionadas com os cuidados, movimentos e fala. Esta reação foi tida como "geral" nas mães analisadas (mesmo depois de terem sido separadas por nacionalidades, sob a peba de diferenças culturais falarem mais alto), mas não como única, uma vez que os casos de maus-tratos e abandono continuam a ser uma realidade um pouco por todo o mundo.

Para os mentores do estudo, a conclusão de que as mães 'correm' para acalmar o bebé até pode soar a óbvia, mas as imagens cerebrais obtidas podem servir de pontapé de saída para analisar o comportamento materno e para tentar perceber porque é que algumas mães reagem com "empatia e cuidado" quando o filho bebé chora e outras "maltratam" a criança, explica Marc Bornstein, mentor do estudo.

NAOM

Uma mãe é uma mãe. Ela presente o mal do filho que ninguém consegue entender.
O amor de uma mãe pelo seu filho não conhece lei, nem piedade, nem limites.
Orgulhoso de ti, mãe.

Que Deus abençoados toda mãe


Qui aime sa maman

Qual é o nome dessas calças?


Fim do Brasil


Cristiano Ronaldo melhor jogador do mundo pela quinta vez


Internacional português venceu distinção atribuída pela FIFA batendo a concorrência de Lionel Messi e Neymar

Cristiano Ronaldo foi esta segunda-feira consagrado pela quinta vez com o prémio de melhor jogador do mundo para a FIFA, igualando Lionel Messi em número de vitórias.

Depois de conquistar Liga dos Campeões, Liga espanhola e Mundial de Clubes a nível coletivo, bateu a concorrência do argentino do Barcelona e de Neymar para receber pela segunda vez o The Best, atribuído pelo organismo no ano passado depois do fim da parceria com a revista France Football.

A eleição do The Best foi feito por quatro painéis, todos com o mesmo peso na votação: selecionadores nacionais, capitães das seleções, jornalistas e adeptos.

A cerimónia, que também consagrada melhor treinador masculino, melhor jogadora, melhor treinador feminino, melhor guarda-redes, melhor golo (Prémio Puskas), melhores adeptos e fair play, decorre no Teatro Palladium, em Londres.

"Foi um ano extraordinário. Há 11 anos que estou no palco. Muito talento e trabalho no duro. Muita dedicação", discursou Cristiano Ronaldo, que agradeceu aos companheiros de clube e seleção e dedicou o prémio à família. "Estou muito feliz", rematou.

Dn.pt

Continua impasse entre Bissau e UE sobre pescas

Porto de Bissau.
Liliana Henriques / RFI

O ministro guineense das pescas deslocou-se este fim-de-semana ao Senegal. Orlando Viegas admitiu que o impasse negocial com Bruxelas sobre o acordo de pescas ainda não foi ultrapassado por causa do montante das licenças reclamadas por Bissau às embarcações europeias.

Nos últimos meses, a Guiné-Bissau e a União Europeia têm mantido rondas negociais no intuito de se chegar a um novo acordo, mas até ao momento não se alcançou nenhum consenso. Bissau colocou em cima da mesa o aumento da compensação financeira paga pela União Europeia para quatro países membros, entre os quais Portugal e Espanha, continuarem a pescar nas águas territoriais guineenses. Bissau argumenta que esta exigência se prende com a necessidade de "um tratamento não discriminatório " em relação a outros países da região da África Ocidental.

Paralelamente, do lado europeu, um dos pontos de bloqueio tem sido a exigência de um conhecimento prévio da biomassa existente nas águas guineenses. No quadro dos vários contactos já efectuados, a Comissão Europeia tem preconizado que a contribuição financeira "seja baseada numa avaliação séria e mais realista dos preços e modalidades".

Actualmente Bissau recebe uma verba de 9,2 milhões de Euros anuais no âmbito do acordo concluído há dez anos com a União Europeia e renovado de quatro em quatro anos. Depois de ter ficado suspenso na época do Golpe Militar, ele tornou a ser aplicado em 2014 com o regresso à ordem constitucional e está prestes agora a chegar ao fim, vigorando apenas até Novembro.

A poucos dias do fim legal da alçada do acordo entre a Guiné-Bissau e a União Europeia em matéria de pescas, o titular deste pelouro na Guiné-Bissau, Orlando Viegas deu conta das dificuldades nas conversações com Bruxelas e acrescentou ainda que o seu executivo está determinado em lutar contra a pesca ilegal.

Pt.rfi.fr